Usuário(a):SACHA QUINTINO/Testes

Introdução histórica do Pau a pique no Brasil editar

 
SOLAR DO MAJOR NOVAES - CRUZEIRO, SP. Construído em adobe, no pavimento inferior, e pau a pique, no pavimento superior

Não existe consenso entre historiadores sobre a real origem desse sistema construtivo no Brasil. Entende-se que possa ter resultado da confluência entre técnicas portuguesas, indígenas e africanas.[1] No período colonial, esse sistema de vedação foi utilizado nas mais diversas tipologias construtivas, abrangendo não só senzalas e residências, mas edificações de alto padrão como igrejas matrizes. Vauthier descreve em Casas de Residências no Brasil o uso do pau a pique em senzalas de engenho em Pernambuco e como a falta de reboco tornou as edificações suscetíveis a ação de intempéries e como, por outro lado, esse fato também tornava possível a existência de aberturas que permetiam a passagem de luz e ventilação.[2]

Devido à associação desse sistema as condicionantes locais, o pau a pique foi utilizado de formas diferentes ao longo do Brasil. Mesmo tendo-se em vista que foram os bandeirantes paulistas a exportar a técnica para Minas Gerais, já nos fins do século XVII, lá essa técnica era menos utilizada devido à dificuldade na obtenção de material apropriado. Já na Bahia, o sistema foi utilizado desde a existência das primeiras construções. [1]

  1. a b OLENDER, Monica (2006). «A técnica do pau a pique: subsídios para a sua preservação.». Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. http://www.ppgau.ufba.br/node/537. Consultado em 20 de setembro de 2017 
  2. VAUTHIER, L.L. Casas de Residência no Brasil. In: Arquitetura Civil I. São Paulo: FAU-USP e MEC-IPHAN,1975, p.1-94 apud OLENDER, Monica (2006). A técnica do pau a pique: subsídios para a sua preservação.