Usuário(a):Souza.Sabrin4/Perda&Frag

Uma vez que a principal ameaça a biodiversidade é a perda de habitats, vale de destaque as ações antrópicas, como sendo o principal elemento causador deste tipo situação, seja por meio de desmatamento e queimadas, seja por apropriação de terra para fins agroéconomicos ou para industria extrativa.[1][2] Tendo isso em mente, no TI do Sudoeste Baiano, destaca-se como a principal ameaça à biodiversidade e a perda e fragmentação de habitat, a substituição gradual da vegetação natural por pastagens de fins pecuários. A erosão do solo e compactação são um dos motivos causados pela demanda na criação do gado.[3] Esse tipo de situação, torna crucial na luta para preservar os habitats e proteger essa diversidade.

A perda de habitat é particularmente preocupante para várias espécies de vertebrados, invertebrados, plantas e fungos que enfrentam extinção. Regiões propícias à agricultura, como o Sul, Sudeste e Zona da Mata Nordestina, têm sido desmatadas ao longo de centenas de anos, resultando na perda irreversível de habitats e, possivelmente, de espécies. A fragmentação do habitat, causada por atividades humanas como estradas e urbanização, também é alarmante. Isso ocorre quando grandes áreas de habitat são divididas em fragmentos menores e isolados, afetando a dispersão de espécies e o acesso a recursos essenciais. A fragmentação pode limitar a capacidade de espécies de se dispersarem e colonizarem novos habitats, além de reduzir a capacidade de alimentação dos animais nativos. Populações fragmentadas são mais vulneráveis a problemas genéticos e demográficos, o que pode levar ao declínio e à extinção das espécies.

O Melocactus conoideus é uma das espécies de cacto endêmico da Serra do Periperi em Vitória da Conquista (BA), criada com o propósito de preservação de M. conoideus, acompanhada por iniciativas de conscientização ambiental junto às comunidades locais próximas à sua área de distribuição. Apesar dos esforços de conservação, graças à ocorrência da espécie em apenas uma localidade sua presença vem sendo ameaçada pela expansão urbana, queimadas e mineração de quartzo, além da atividade de coletores e manipulação ambiental, enfrentando um risco extremamente elevado de extinção na natureza.[8]

  1. LARANJEIRA, Maria. Estrutura espacial e processos ecológicos: o estudo da fragmentação dos habitats. Revista de Geografia e Ordenamento do Território, v. 1, n. 1, p. 59 a 83, 2012.
  2. Richard B. Primack e, Efraim Rodrigues (2001). Biologia da conservação. [S.l.]: Planta
  3. «Perfil dos Territórios de Identidade da Bahia»