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Colesteatoma
O colesteatoma é uma lesão cística não cancerosa bem demarcada, é uma lesão derivada de um crescimento anormal de queratinização do epitélio escamoso no osso temporal[1][2][3], que é comumente caracterizada como “pele no lugar errado”[4][5]. O colesteatoma resulta da atividade enzimática da matriz de colesteatoma. Esse crescimento anormal é localmente invasivo e capaz de causar a destruição de estruturas do ouvido médio, os três ossículos (o martelo, a bigorna e o estribo) e a janela oval. Além disso, o epitélio escamoso pode se tornar destrutivo em um ambiente de infecção crônica, aumentando assim os efeitos osteolíticos do colesteatoma (caracterizada por perda/enfraquecimento ósseo dos ossículos do sistema)[6]. Devido à capacidade fatal de complicações intracranianas, os colesteatomas continuam sendo causa de morbidade pediátrica e morte para aqueles que não têm acesso a cuidados médicos avançados[7][8]. Os colesteatomas podem ser classificados em dois tipos diferentes: congênito, que é específico da infância, e adquirida, que afeta crianças e adultos[9].
SINTOMAS
No início, os sintomas são leves. Somente quando o cisto atinge um tamanho maior é que surgem os efeitos mais graves. Os principais sintomas observados pelos profissionais são:
- desconforto e dores no ouvido;
- sensação de pressão de ouvido, como se estivesse entupido;
- vertigem e perda do equilíbrio;
- zumbido;
- diminuição da capacidade auditiva;
- liberação de secreção do ouvido com odor fétido bastante forte.[10]
Tratamento
Os objetivos no tratamento do Colesteatoma Congénito são: a excisão completa da lesão; a restauração da acuidade auditiva; a prevenção da recidiva; e a preservação da anatomia do ouvido[11]. Estes objectivos só podem ser alcançados através da cirurgia. Colesteatoma diagnosticado é colesteatoma operado. As técnicas cirúrgicas utilizadas no tratamento do Colesteatoma Congénito são: a timpanoplastia; a mastoidectomia Canal Wall Up (CWU); e a mastoidectomia Canal Wall Down (CWD). A escolha entre estas três técnicas baseia-se na localização, no tipo e no estadio do colesteatoma e na escolha e preferência do cirurgião[12]. Uma alteração aos métodos cirúrgicos poderá ser necessária conforme os achados intraoperatórios para garantir uma remoção completa do colesteatoma[13]. Quanto mais precoce a intervenção cirúrgica, menor a extensão da doença, logo menos invasiva a cirurgia, e menor o risco de complicações e de recidiva[14]. Porém, apesar de ser considerada uma cirurgia relativamente segura e de não existir uma idade mínima necessária, o doente deve ter pelo menos 10 a 12 meses de idade para justificar os riscos cirúrgico e anestésico associados ao procedimento. Com esta idade, o canal auditivo externo e o ouvido médio já têm um volume suficiente para acomodar a cirurgia e o risco anestésico é mínimo[15].
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- ↑ M. T. Semaan and C. A. Megerian, “The pathophysiology of cholesteatoma,” Otolaryngologic Clinics of North America, vol. 39, no. 6, pp. 1143–1159, 2006.
- ↑ G. Isaacson, “Diagnosis of pediatric cholesteatoma,” Pediatrics, vol. 120, no. 3, pp. 603–608, 2007.
- ↑ J. D. Gray, “The chronic ear. The treatment of cholesteatoma in children,” Proceedings of the Royal Society of Medicine, vol. 57, pp. 769–771, 1964.
- ↑ J. M. Robinson, “Cholesteatoma: skin in the wrong place,” Journal of the Royal Society of Medicine, vol. 90, no. 2, pp. 93–96, 1997
- ↑ K. C. Y. Sie, “Cholesteatoma in children,” Pediatric Clinics of North America, vol. 43, no. 6, pp. 1245–1252, 1996.
- ↑ E. S. Diom, Z. Cisse, A. Tall et al., “Management of acquired cholesteatoma in children: a 15 year review in ENT service of CHNU de FANN Dakar,” International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, vol. 77, no. 12, pp. 1998–2003, 2013.
- ↑ C. A. J. Prescott, “Cholesteatoma in children—the experience at The Red Cross War Memorial Children’s Hospital in South Africa 1988–1996,” International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, vol. 49, no. 1, pp. 15–19, 1999.
- ↑ J. Nevoux, M. Lenoir, G. Roger, F. Denoyelle, H. D. Le Pointe, and E.-N. Garabedian, “Childhood cholesteatoma,” ´ European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck Diseases, vol. 127, no. 4, pp. 143–150, 2010.
- ↑ «O QUE É COLESTEATOMA E QUAIS OS SEUS PRINCIPAIS SINTOMAS?». A&R Aparelhos Auditivos. Consultado em 15 de novembro de 2023 às 10h pm Verifique data em:
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- ↑ Cho HS, Kim HG, Jung DJ, Jang JH, Lee SH, Lee K-Y. Clinical Aspects and Surgical Outcomes of Congenital Cholesteatoma in 93 Children: Increasing Trends of Congenital Cholesteatoma from 1997 through 2012. J Audiol Otol. 2016;20(3):168-173. doi:10.7874/jao.2016.20.3.168
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