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Vitor Carlos Ramos
Ficheiro:VItor Carlos Ramos.jpg
Nome completo Vitor Carlos Ramos
Nascimento 18 de janeiro de 1944
Santos, Brasil
Morte 13 de julho de 1974 (30 anos)
Medianeira, Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Cônjuge Suzana Machado
Ocupação escultor e militante

Vitor Carlos Ramos (Santos, 18 de janeiro de 1984Medianeira, 13 de julho de 1974) foi um escultor, professor e militante brasileiro desaparecido na ditadura militar brasileira de 1964. Foi membro da Vanguarda Popular Revolucionária.








Biografia editar

Vitor Carlos Ramos nasceu na cidade de Santos, filho de Santina Silva Ramos e Felicindo Ramos.[1] Ao ter sua prisão preventiva decretadas, entrou de forma ilegal no Uruguai em 1969. Foi viver no Chile até o momento em que o governo de Salvador Allende foi derrubado por um golpe militar, em 1973.[1]

Na ocasião, Ramos abrigou-se na Argentina, onde lecionou artes plásticas e tratou-se por causa de seus distúrbios psicológicos. [1] No país, conheceu Suzana Machado, de 21 anos, membro da Juventude Peronista, e casaram-se em 20 de fevereiro de 1974. Meses após o casamento, porém, Suzana morre grávida, vítima de um acidente de carro. [2]

Militância e morte editar

Ramos iniciou sua luta em movimentos esquerdistas em 1964, ano do golpe militar brasileiro. Meses após a morte da esposa, juntou-se ao chamado "grupo de Onofre", então líder do VPR, juntamente com Daniel José de Carvalho, Enrique Ernesto Ruggia, Joel José de Carvalho e José Lavecchia.[2] O grupo tentava retornar irregularmente para o Brasil, com o objetivo de novamente combaterem a ditadura então estabelecida.

Suas mortes foram fruto de uma emboscada do ex-sargento Alberi Vieira dos Santos, que, disfarçado de militante da esquerda (uma estratégia comum da polícia militar à época), explicou aos militantes que um novo foco guerrilheiro estava se formando num sítio do Paraná, convencendo-os, desta forma, a voltar para o Brasil. O grupo viajou até chegar à cidade de Medianeira, onde a armadilha havia sido feita. Seus corpos foram enterrados na região Iguaçu, local onde hoje existe uma represa. [2]

A respeito da estratégia de negociação com o grupo de Onofre, Aloísio Palmar explica:

[2]

Documentos editar

Era sabido que, em 1974, um grupo de militantes havia sido morto assim que chegou ao Brasil, na região do Paraná. Com a Lei nº9.140/95, estão anexados os nomes de cinco desaparecidos políticos do grupo, excetuando-se o de Vitor Carlos Ramos: seu caso só ficou conhecido depois da lei, sendo, portanto, analisado pela CEMDP.[1]

Ver também editar

Referências

  1. a b c d Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Direito à Memória e à verdade: Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. 2007, 1 ed. Página 386]
  2. a b c d PALMAR, Aloísio. Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?. Travessa dos Editores, 4 ed. Disponível em: Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?