Usuário(a):Zé William/Testes

Hesichio Bernardo Vieira, filho de José Bernardo Vieira e de Josefa Maria dos Santos, nasceu em 29 de abril de 1916 na cidade de Bezerros, estado do Pernambuco. Primogênito, com o falecimento do pai aos 16 anos de idade tornou-se arrimo de família explorando a arte fotográfica, profissão essa que aprendera com seu pai, oficial de cartório, que tinha a fotografia como hobby. Aos 22 anos de idade, a convite de um primo, aceitou fotografar o cotidiano dos mineiros exploradores de cristal numa jazida nas proximidades de Brotas de Macaúbas, estado da Bahia onde conheceu Eliete Campos Ferro , filha de um próspero agropecuarista e comerciante na época, o Sr. Avelino Ferro. Dessa união nasceram oito filhos: Foto Eliéquio Ferro Vieira, Esilete Ferro Vieira, Douglas Ferro Vieira, Eziquio Ferro Vieira, Robson Ferro Vieira, José William Vieira, Doroty Ferro Vieira e Esileide Ferro Vieira. Após o nascimento dos primeiros filhos resolve sair de Brotas de Macaúbas em busca de novos horizontes. Peregrinou por Recife-PE, Olinda-PE, Salvador-BA, Caruaru-PE, Macaúbas, Paramirim, Itabuna, Petrolina e Juazeiro e em Caetité-Ba por duas vezes. Em juazeiro da Bahia a excelência de seu trabalho passou a ser reconhecido por toda região, na época Dom Avelar Bandão Vilela, Bispo da Diocese de Petrolina contratou seus serviços, e numa visita do Presidente da República Getúlio Vargas à Recife, se fez necessário uma fotografia oficial presidencial, e após deliberação dos organizadores do evento Hesichio Vieira foi escolhido para tirar essa fotografia por ter seu trabalho reconhecido pela elite e pelo clero de Pernambuco(veja foto). Convite esse que deixou Seu Hesíchio muito envaidecido a ponto de guardar uma cópia da foto até o último dia de sua vida. Em 1962, pela segunda vez, Seu Hesichio volta a morar em Caetité-Ba, definitivamente. Cidade próspera de gente civilizada e escola de qualidade, cidade ideal para educar os filhos, mas ao matricular seus filhos mais velhos no IEAT (Instituto de Educação Anísio Teixeira) foi impedido pelo Diretor da época, por se tratar de forasteiros e por achar ser pessoas de casta inferior, mas isso não o esmoreceu e nem fez o artista mudar de idéia que, no dia seguinte, fez as malas e viajou até Petrolina e pediu a diocese que interviesse a seu favor, o Bispo que substituia Dom Avelar Brandão Vilela, na época, entrou em contato com Dom José Pedro Costa, Bispo da Diocese de Caetité e a matrícula foi realizada. Hesichio Bernardo Vieira, perfeccionista por vocação, voltava à “Câmara Escura” quantas vezes fossem necessário para atingir a fotografia desejada. Profundo conhecedor do comportamento da luz, fundamental para quem almeja ser fotógrafo, era exigente consigo mesmo. Ao adquirir uma máquina ou flash novo, testava exaustivamente os mínimos detalhes para, somente então, usá-las profissionalmente. Hesíchio Vieira sabia que a iluminação passava informação tão precisa quanto a palavra e que a iluminação é a linguagem da fotografia, como toda linguagem tem uma gramática e um vocabulário próprio, Seu Hesichio usou a gramática e o vocabulário da luz para registar o cotidiano de Caetité por mais de três décadas ininterruptas. Hoje a cidade reconhece a importância do seu trabalho, e o rico acervo fotográfico deixado por esse artista que ganhou novas dimensões na internet, especialmente, nos site de fóruns sociais. Hesichio Bernardo Vieira (1916-1992).