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Pillan
editarOs Pillan(Pglliam, Püllü ou Pillang) são entidades presentes na cultura Mapuche. Os Pillans habitavam os vulcões[1] e as atividades vulcânicas eram consideradas manifestações de sua fúria. Os raios, trovões, os terremotos e tempestades também eram vistos pelos mapuche como manifestações da ira dos Pillan[2]. Similarmente, os meteoritos eram manifestações da potência dos Pillan.[2]
Pillan, também é a forma final que um espírito ancestral mapuche pode tomar após a morte[3]. Os Pillan também têm o papel de espírito protetor das comunidades, cada comunidade tendo seu próprio Pillan, considerado fundador da comunidade ou linhagem[2].
As Machis, sacerdotisas dos Mapuche, fazem o papel de intermediárias entre os homens e os Pillan, fazendo rituais para agradá-los, aplacar sua ira[4] ou solicitar sua ajuda.[2][5]
Numa situação de não sabe o que fazer por a ação não estar em seu código de conduta, admapu, os Mapuche consultavam os Pillan. Também faziam rituais os Pillan para pedir auxílio em tempos de guerra.[6]
A princípio os pillans eram tanto femininos quanto masculinos com o passar do tempo vieram a ser masculinos.
Alguns autores defendem a ideia de que os Mapuche não tinham deuses e sim um culto aos ancestrais e que com o contato com a religião cristã o conceito de Pillan se foi modificando e se tornando mais próximo do conceito de uma divindade. Isso explicaria o sentido duplo que a palavra tem, servindo tanto para nomear seres como Antü e Epunamun, quanto para se referir aos espíritos ancestrais dos famílias e comunidades Mapuche.[2] Diego Rosales, cronista do século xvii, afirma que os Mapuche não tinham um teoria da criação e que tinham apenas uma lenda sobre o dilúvio[7].[8]
Os Pillan também estavam relacionados a pedras consideradas mágicas pelos mapuche, como as Chelkure e os Pillan Toki.[9]
Cosmogonia Mapuche
editarAntü e Peripillan
editarLikarayén e Peripillan
editarReferências
editar- ↑ Eliade, Mircea (1969). «South American High Gods. Part I». History of Religions (4): 338–354. ISSN 0018-2710. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ a b c d e f «La organización social y las creencias religiosas de los antiguos araucanos - Memoria Chilena». Memoria Chilena: Portal (em espanhol). Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ Gómez-Jeria, Juan S. (1993). «A Near-Death Experience Among the Mapuche People». Journal of Near-Death Studies (em English) (4): 219–222. ISSN 0891-4494. doi:10.17514/JNDS-1993-11-4-p219-222. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ «Likarayen». Lectura Ingles UACh (em espanhol). Consultado em 15 de julho de 2023
- ↑ Ronze, Raymond (1927). «La Patagonie Et La Terre De Feu». Revue des arts asiatiques (4): 244–245. ISSN 0995-7510. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ Zapater Equioíz, Horacio (1973). Los aborígenes, chilenos a través de cronistas y viajeros. Internet Archive. [S.l.]: [Santiago de Chile] A. Bello
- ↑ Lenz, Rodolfo (21 de julho de 2010). «Tradiciones e ideas de los araucanos acerca de los terremotos». Anales de la Universidad de Chile (0). ISSN 0365-7779. doi:10.5354/0365-7779.1912.1213. Consultado em 15 de julho de 2023
- ↑ «Historia general de el Reyno de Chile: Flandes Indiano: tomo 1 - Memoria Chilena». Memoria Chilena: Portal (em espanhol). Consultado em 15 de julho de 2023
- ↑ Sergio Caviglia (11 de maio de 2023). Caviglia Sergio 2023 Memorias En Las Rocas 8000 Años Arte Originario Chubut C. [S.l.: s.n.]