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Em gramática,[1] os gentílicos (também gentilícios)[2] e os adjetivos pátrios são adjetivos derivados de substantivos. Os primeiros se referem a povos e raças, enquanto são os segundos relacionados a continentes, países, regiões, províncias, estados, cidades, aldeias, vilas e povoados.[3]

Os gentílicos estão também fortemente relacionados aos etnônimos, que indicam o nome de povos, tribos, castas e comunidades.[4]

Os adjetivos pátrios não seguem um padrão para as suas terminações. Essa ausência de padrão se observa principalmente em nomes relativos às cidades. A maior parte deriva diretamente do nome do local em sua forma corrente ou então da etimologia toponímica.

Exemplos que demonstram essa ausência de padrão: Lisboa: lisboeta, lisbonense, lisboês, lisbonês, lisbonino, olisiponense; Nova Iorque: nova-iorquino; Buenos Aires: bonaerense, buenairense ou portenho; Inglaterra: inglês; Paris: parisiense.

Os adjetivos pátrios são geralmente formados da seguinte forma: início do nome do lugar (que pode ser um continente, país, região, cidade etc.) + terminação pré-definida (sufixo).

Formação editar

Sufixos editar

Sufixos comuns editar

Em português, os sufixos mais comuns para gentílicos são:[5]

  • -ês - português, inglês, francês, etc.
  • -ense - fluminense, paranaense, canadense, macaense, etc.
  • -ano - americano, africano, angolano, romano, etc.

Outros sufixos editar

  • -aco - polaco, eslovaco, etc.
  • -ão - afegão, alemão, catalão, letão, etc.
  • -asco - monegasco, basco, mentonasco, etc.
  • -ático - asiático, etc.
  • -eiro - brasileiro, mineiro, etc.
  • -enho - panamenho, porto-riquenho, madrilenho, etc. (forma derivada do castelhano){{carece de fontes}}
  • -eu - europeu, partenopeu, etc.
  • -ino - londrino, angevino, argentino, etc.
  • -ista - paulista, santista, etc.
  • -ita ou -eta - israelita, lisboeta, moscovita, vietnamita, etc.
  • -ol - espanhol, mongol etc.
  • -ota - cipriota etc.

Alguns adjetivos pátrios são nomeados independentemente do nome da região a que estão relacionados. Seguem alguns exemplos: Espírito Santo: capixaba; Rio de Janeiro (capital): carioca; Rio Grande do Sul: gaúcho; Lisboa: alfacinha. Em outros casos, o adjetivo pátrio é formado a partir do nome da localidade em outras línguas, como nos casos de Jerusalém (hierosolimitano) ou Salvador (soteropolitano), sendo ambos gentílicos criados a partir do nome grego das cidades.

Outros derivam do nome do local mas sem seguir uma regra predeterminada de sufixação, como russo (Rússia), sueco (Suécia) e grego (Grécia).

Também há derivações do latim, como paulistano (São Paulo) e outras.

Adjetivos pátrios compostos editar

Ver também editar

 
Wikibooks
O Wikilivros possui exercícios sobre: adjetivos pátrios (gentílicos)

Referências editar

  1. gentílico. www.dicionariodoaurelio.com. Dicionário Aurélio. Página visitada em 12 de janeiro de 2014.
  2. gentílico. michaelis.uol.com.br. Dicionário Michaelis. Página visitada em 12 de janeiro de 2014.
  3. Cunha, C.; Cintra, L (2010). «10». Nova Gramática. do Português Contemporâneo 5ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon. pp. 262—264. ISBN 97885863684846 Verifique |isbn= (ajuda) 
  4. «etnónimos». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Priberam Informática. Consultado em 12 de janeiro de 2014 
  5. Dicionário de Gentílicos e Topónimos. iLteC. Portal da Língua Portuguesa. Página visitada em 12 de janeiro de 2014.