Usuário:Carlos28/Interstellar Overdrive
Música e composição
editar"Interstellar Overdrive", foi uma das primeiras improvisações instrumentais psicadélicas gravadas por uma banda de rock.[1] A composição é considerada como a primeira incursão dos Pink Floyd no space rock (juntamente com "Astronomy Domine"), apesar de, mais tarde, os membros da banda terem depreciado este termo. "Interstellar Overdrive" surgiu quando o primeiro gestor dos Pink Floyd, Peter Jenner, estava a tentar cantarolar uma música que não conseguia lembrar-se do nome (habitualmente identificada como uma versão de "My Little Red Book" dos Love).[2][3] O guitarrista e vocalista Syd Barrett acompanhou Jenner com a sua guitarra e utilizou a melodia como base para o principal refrão de "Interstellar Overdrive". O baixista Roger Waters disse a Barrett que o riff lhe recordava o tema principal de Steptoe and Son (de Ron Grainer). Na altura em que a música foi escrita, Barrett também era inspirado pelos AMM e o seu guitarrista Keith Rowe, que tinha um estilo que consistia em movimentar de peças de metal ao longo da escala da sua guitarra. A parte da composição improvisada (e também, "Pow R. Toc H."), foi inspirada nas improvisações delirantes de Frank Zappa e em "Eight Miles High" dos The Byrds'.
"Interstellar Overdrive" partilha os cromatismos com "Astronomy Domine". O tema principal desce cromaticamente de Si para Sol, antes de passar para Mi, sendo todos os acordes maiores.[4] A abertura do gancho da música é um riff distorcida e descendente de guitarra interpretado por Barrett, o seu compositor, com Waters no baixo e Richard Wright no órgão. A secção rítmica de Nick Mason entra em seguida, e, depois de alguma repetição do riff, a composição transforma-se em improvisação, incluindo improvisações modais, órgão Farfisa, e interlúdios tranquilos.[5] Gradualmente, a composição vai ficando sem estrutura e com um tempo livre, pontuado apenas por estranhos ruídos de guitarra. Eventualmente, no entanto, toda a banda retoma o tema principal, que é repetido com uma diminuição do tempo e com uma intensidade mais intencional. Waters descreveu a música como "uma peça abstracta".[6] Um riff de baixo na composição evoluiria, mais tarde, para uma outra canção dos Pink Floyd, "Let There Be More Light", escrita por Waters.[7][8]
Gravação
editarA versão estéreo da canção tem um órgão que alterna entre alto-falantes; o efeito deixa de ser perceptível na versão mono da música, onde esta tem a mais um órgão e som de guitarra. No entanto, o órgão é muito importante durante os primeiros 50 segundos da versão mono—juntamente com alguns efeitos especiais—mas inaudível na mistura estéreo até à secção improvisada. Em 27 de Fevereiro de 1967, foram gravados cinco takes da música,[9][10] com um sexto mais tarde foi registado em 16 de Março de 1967, numa tentativa de criar uma versão mais curta,[11] com overdubs em Junho desse ano, a versão de Piper também aparece na compilação oficial ldos álbuns Relícs[nb 1][nb 2] e A NIce Pair.[nb 3][nb 4] Apesar de Smith ter tentando transformar uma longa composição de improvisos para algo mais prático,[16][17] Smith aceitou "Interstellar Overdrive", como Jenner recordou: "foi definitivamente uma cena tipo—ei!, aqui podem fazer "Interstellar Overdrive", vocês podem fazer o que gostam, podem fazer cenas estranhas. Assim, "Interstellar Overdrive" foi uma cena estranha . . . e, novamente, parabéns a Norman por deixá-los fazer isso."[18] Um efeito de delay foi criado pelo produtor Norman Smith, sobrepondo uma segunda versão da música sobre uma versão anterior. Smith tocou a parte da bateria na música.[19] Após esta parte, o riff de abertura é tocado com um panning estéreo.
Covers e legado
editar"Interstellar Overdrive", foi coberta por muitos artistas, inclusive de Adolescentes de um Fã-clubeErro de citação: Elemento de abertura <ref>
está mal formado ou tem um nome inválido e Kylesa.Erro de citação: Elemento de abertura <ref>
está mal formado ou tem um nome inválido
Músicos
editar- ↑ Manning, Toby (2006). The Rough Guide to Pink Floyd 1st ed. London: Rough Guides. p. 180. ISBN 1-84353-575-0
- ↑ Manning 2006, p. 26
- ↑ Chapman 2010, pp. 125–6
- ↑ Reisch, George A. (2007). Pink Floyd and Philosophy: Careful With That Axiom, Eugene! illustrated ed. [S.l.]: Open Court Publishing. p. 104. ISBN 9780812696363
- ↑ Palacios 2010, p. 189
- ↑ Palacios 2010, p. 129
- ↑ Palacios 2010, p. 200
- ↑ Palacios 2010, p. 319
- ↑ Palacios, Julian. Syd Barrett & Pink Floyd: Dark Globe. [S.l.: s.n.] ISBN 0-85965-431-1
- ↑ Palacios 2010, p. 187
- ↑ Palacios 2010, p. 195
- ↑ «Pink Floyd - Relics (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 3 November 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Pink Floyd - Relics - A Bizarre Collection Of Antiques & Curios (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 1 February 2014 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Pink Floyd - A Nice Pair (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 20 December 2013 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Pink Floyd - A Nice Pair (Vinyl, LP) at Discogs». Discogs.com. Consultado em 23 April 2013. Cópia arquivada em 26 June 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Manning 2006, p. 34
- ↑ Blake, Mark. Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd. [S.l.: s.n.] ISBN 0-306-81752-7
- ↑ Cavanagh, John. The Piper at the Gates of Dawn. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8264-1497-7
- ↑ Chapman 2010, p. 170
Links externos
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[[Categoria:Canções de 1967]]
[[Categoria:Canções de Pink Floyd]]
[[Categoria:Canções de rock instrumental]]
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correspondente