Usuário:DAR7/Testes/Geografia de Curitiba/Portão

Etimologia

A origem da denominação "Portão" nasceu de uma necessidade. No tempo dos tropeiros eram bastante frequentes as queixas de fazendeiros que tiveram suas culturas esmagadas pelo gado que atravessava Curitiba. Isso acabou ocasionando o aparecimento de portões e cercados em volta da cidade. Um dos mais notórios seria o do atual bairro Portão. Reportagens de jornal sugerem que ele estava presente onde atualmente se encontra a praça do Novo Mundo ou por onde cortam hoje os trilhos da ferrovia. Na avenida República Argentina, existia um posto para fiscalizar o trânsito dos tropeiros e exigir o pagamento de impostos deste gênero de comércio.

Conforme o historiógrafo Júlio Moreira, a região constituía o ponto de encontro da vereda que, chegando de Campo Comprido, cortava o rio Barigui, a Fazendinha, concluindo a conexão entre o Caminho dos Campos Gerais — região das atuais cidades paranaenses de Palmeira e Ponta Grossa — com o de São José, em direção a Paranaguá e São Francisco do Sul. O uso de expressões como "Vamos nos encontrar lá no Portão", acabou determinando a designação do bairro.

História

O antigo Portão era o ponto de encontro do atalho que vinha do Campo Comprido, atravessava o Barigui e a Fazendinha, completando a ligação entre os caminhos de Campos Gerais e de São José, com destino à Paranaguá. Na região existia um posto fiscal para o controle e acompanhamento da passagem de animais, procedentes de Curitiba e dos Campos Gerais, que teria inspirado a origem do nome “Portão”. A barreira fiscal também veio a estipular taxas pelo comércio ambulante de mercadorias, transportadas por colonos através de carroças. O grande marco de evolução da antiga localidade deu-se no final do século XlX, época em que Curitiba constituía-se por imigrantes e engenhos de erva-mate. Em 1894, a estrada de ferro Curitiba-Paranaguá foi prolongada até Ponta Grossa passando pela antiga região do Portão. A facilidade no transporte de cargas tornou a região um centro comercial e industrial, principalmente pela fabricação de barricas. A Igreja Católica Romana do Portão foi construída entre 1916 e 1928 para substituir a antiga capela em tijolos de barro que, por sua vez, tomou lugar da capelinha existente no inicio do século XX, dedicada ao Senhor Bom Jesus.

Referências

Bibliografia

• Fenianos, Eduardo Emílio (2000). Portão, Fazendinha e Novo Mundo: Pode entrar!. Curitiba: UniverCidade