Usuário:Gameiro/Proposta de votação sobre grafias
Ver também
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Esta é uma proposta para a convenção de nomenclatura a usar nos artigos da Wikipedia lusófona relativos a topónimos (países, regiões, localidades, acidentes geográficos, áreas aquáticas, etc.).
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Adotar uma convenção de nomenclatura para topónimos de forma a solucionar o problema recorrente das disputas sobre grafias.
Esta votação irá decorrer entre ?? e ??. |
Glossário
editarDefinições do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
- Aportuguesar: Tornar ou tornar-se semelhante ou adaptado à língua portuguesa.
- Estrangeirismo: 1. Emprego de palavra ou frase estrangeira. 2. Palavra ou frase estrangeira.
- Empréstimo: Elemento tomado a outra língua.
- Transliterar: Reduzir um sistema de escrita a outro, letra por letra.
Ponto prévio 1: versões da língua portuguesa (e Acordo Ortográfico de 1990)
editarO português de Portugal, PALOP e Timor-Leste e o português brasileiro têm formas iguais para a maioria das grafias, quer sejam elas iguais à da língua original (estrangeirismos ou empréstimos) ou aportuguesadas. Recorrendo ao exemplo dos países, mais uma vez, vemos que dos 203 países soberanos no mundo, 178 têm a mesma grafia nas duas versões do português.
Dos restantes 25, 12 devem-se a diferenças fonológicas ao nível da acentuação:
- Mónaco (português europeu) ou Mônaco (português brasileiro)
- Eslovénia (português europeu) ou Eslovênia (português brasileiro)
- Macedónia (português europeu) ou Macedônia (português brasileiro)
- Roménia (português europeu) ou Romênia (português brasileiro)
- Arménia (português europeu) ou Armênia (português brasileiro)
- Estónia (português europeu) ou Estônia (português brasileiro)
- Letónia (português europeu) ou Letônia (português brasileiro)
- Iémen (português europeu) ou Iêmen (português brasileiro)
- Madagáscar (português europeu) ou Madagascar (português brasileiro)
- Polónia (português europeu) ou Polônia (português brasileiro)
- Quénia (português europeu) ou Quênia (português brasileiro)
- Tanzânia (português europeu) ou Tanzania (português dos PALOP)
Outros dois têm diferenças apenas ao nível da tradição do aportuguesamento:
- Irão (português europeu) ou Irã (português brasileiro)
- Vietname (português europeu) ou Vietnã (português brasileiro)
- Nota: O caso de Cingapura, versão do português brasileiro pré-Acordo Ortográfico de 1990, ficou recentemente resolvida através da adoção por parte da comunidade da norma que dita ser obrigatório os títulos encontrarem-se na forma AO 1990.
Por fim, outros 4 têm diferenças ao nível dos fonemas "dj" e "tch", aceites no Brasil mas não em Portugal. De referir que as grafias sem "dj" e "tch" são aceites quer no Brasil quer em Portugal.
- Jibuti português europeu ou Jibuti/Djibuti português brasileiro
- Tajiquistão português europeu ou Tajiquistão/Tadjiquistão português brasileiro
- República Checa português europeu ou República Checa/República Tcheca português brasileiro
- Chade português europeu ou Chade/Tchade português brasileiro
Como é percetível, as diferenças entre versões do português não são um problema grave nesta convenção. As convergências existem, e a regra do primeiro editor acaba por solucionar a maioria dos problemas.
Ponto prévio 2: O teor desta votação
editarEsta votação pretende pôr um ponto final em todas as discussões relativas a grafias nos títulos dos artigos relativos a topónimos, discussões essas que temos vindo a assistir desde há sensivelmente três anos.
A votação está estruturada em duas parte. Uma primeira pretende compor um preâmbulo em que se estabelece o que é uma forma portuguesa e uma forma estrangeira aceite em português, focando-se também no caso da introdução das letras k, y e w em português, para os casos apenas prescritos pelo Acordo Ortográfico de 1990 (muito semelhante ao status quo pré-existente em ambas as versões do português).
Na segunda parte, propõe-se um texto de 6 pontos a adotar pela Wikipédia lusófona, no qual se pretende que formas portuguesas sejam preferíveis se, e só se, usadas e (ao mesmo tempo) prescritas por fontes académicas. Formas portuguesas de inspiração livre (como Uóxinguetone para Washington) não estão sequer em questão. Esta proposta visa cumprir o há muito estipulado relativamente ao uso de formas portuguesas em Wikipedia:Convenção de nomenclatura no ponto "Tradução de nomes próprios e topónimos":
- Citação: Excetuando casos claramente consagrados pelo uso, ou devidamente suportados por fontes credíveis e corroboráveis, os títulos de verbetes referentes a pessoas e topónimos deverão ser grafados segundo a sua língua de origem (excluindo os casos que requerem transliteração). Nos casos em que estas grafias apresentem caracteres não utilizados em português (exemplo: Tromsø) deverão ser criados os redirecionamentos necessários (exemplo: Tromso).
Proposta de convenção
editarSegue-se a proposta de convenção. Se quiser sugerir alterações ou emendas ou apenas comentar, use a página de discussão.
Proposta de preâmbulo
editarPrimeiro parágrafo
editarConsidera-se um estrangeirismo ou empréstimo uma palavra que provenha de uma língua que não o português, e que no entanto tem uso na nossa língua, sendo tradicional que grafias que contenham letras ou sequências gráficas estranhas às regras ortográficas do português sejam aportuguesadas com o tempo.[1] Exemplos disso são casos bem consagrados em ambas as versões da língua portuguesa: França (France'), Nova Iorque (New York), Londres (London), Moscovo/Moscou (Moskva), Florença (Firenze), Aragão (Aragón), Pequim (Běijīng, Tóquio (Tōkyō), Ruanda (Rwanda), Gana (Ghana), etc. Outros casos houve onde o aportuguesamento nunca surgiu ou, tendo surgido, nunca foi adotado de uma forma generalizada. Exemplos: Midlands, Oxford ("Oxónia"), Montpellier, Níjni Novgorod, Hessen, Aguascalientes, Buenos Aires, Wellington, Washington, etc.
Concordo
editarDiscordo
editarSegundo parágrafo
editarAo adicionar ao alfabeto português as letras K, W e Y, o Acordo Ortográfico de 1990 mateve o seu uso restrito a estrangeirismos/empréstimos de outras línguas, bem como a compostos derivados de nomes estrangeiros (mülleriano, kafkiano, etc.), símbolos de unidades (km, kg) e símbolos químicos (K, W). O uso das letras k, w e y é, assim, plenamente reconhecido em topónimos nos casos prescritos pelo Acordo Ortográfico de 1990.[2] Exemplos deste caso: Kiffa (Mauritânia), Kaduna (Nigéria), Palikir (Micronésia), Wuhan (China), Hokkaido (Japão), Yaren (Nauru).
Concordo
editarDiscordo
editarProposta de texto
editarSegue-se, então, uma proposta a adotar na Wikipédia em português, destinada a evitar potenciais conflitos relativos a grafias de topónimos nos títulos dos artigos.
Ponto 1
editar1. Na Wikipédia em português, os títulos dos artigos devem estar na sua forma usada em português, não havendo preferência por qualquer das versões da língua, e respeitando-se em caso de conflito a regra do primeiro editor.
Concordo
editarDiscordo
editarPonto 2
editar2. Em caso de existência de uma forma portuguesa e de um empréstimo ou estrangeirismo utilizado em português, dá-se preferência à forma portuguesa apenas se esta for uma forma prescrita quer pelo uso quer por fontes académicas, tal como definido em Wikipedia:Convenção de nomenclatura.
- Nota: Isto fará com que as formas Ibadã, Bordéus e Botsuana sejam preferíveis face a "Ibadan", "Bordeaux" e "Botswana". O último caso, como é um estrangeirismo/empréstimo usado em português, continuará perfeitamente lícito no corpo de um artigo, em listas, categorias, predefinições, etc., contudo o título mudará para Botsuana.
Concordo
editarDiscordo
editarPonto 3
editar3. Em caso de existência de uma forma portuguesa usada apenas numa das versões do português (prescrita quer pelo uso quer por fontes académicas) e um empréstimo ou estrangeirismo que seja usado na outra versão do português, respeita-se a regra do primeiro editor.
- Nota: Isto fará com que em casos como Estugarda (português europeu) e Stuttgart (português brasileiro) a preferência recaia na versão utilizada pelo primeiro editor.
Concordo
editarDiscordo
editarPonto 4
editar4. Quando não existir uma forma portuguesa, os títulos dos artigos devem estar na sua forma original.
Concordo
editarDiscordo
editarPonto 5
editar5. No caso da forma original utilizar um alfabeto que não o latino, esta deve ser transliterada utilizando-se as normas de transliteração para português respetivas.
Concordo
editarDiscordo
editarPonto 6
editar6. No caso de não existir uma transliteração para português, deve-se utilizar a transliteração feita para outra língua que seja a mais consensual possível.