Usuário:Miguel António Suzana/Testes

INTRODUÇÃO

A Ponta de Padrão é uma ilha situada no Noroeste do Município do Soyo, Província do Zaire

ÉPOCA PRÉ-COLONIAL

Falando da ponta de padrão na época pré-colonial, carece de uma história clara visto que a história era vivida tradicionalmente. E em poucas palavras segundo a tradição remota, ponta de padrão era um lugar da divisão entre África austral e África subsariana ao sul do equador. E consequentemente, ponta de padrão era chamada de muan-a-nkukutu, por causa do mar que fornecia muitos peixes que ocasionalmente muitos deles morriam e dos que morriam geravam o aparecimento de muitos bichos nomeados nkukutu.

Também era uma região habitada por uma população que na sua maioria vivia da pesca artesanal…


Divisões têm uma outra conotação:

1º Passagem das caravelas com o objectivo de encontrar terras diferentes das outras;

2º Lugar de passagem ao encontro dos reis com poderes tradicionais.


ÉPOCA COLONIAL

Ponta de padrão na época colonial tem a ver com a presença em 23 de Abril de 1482. Chegava pela 1ª vez na foz do grande rio, as expedições do governo colonial chefiado pelo capitão-mor Chamado Diogo Cão com a caravana que o acompanhava. Onde erigiu o Padrão a que deu nome de São Jorge.

Segundo refere o cronista João de Barros, depois do descobrimento da costa da mina, Dom João II mandou que em lugar das cruzes de madeira, que até ali se erigiam nos lugares a que os navegadores iam chegando, que “levassem um padrão da altura de dois estados de homem” (duas vezes à estatura de um homem).

O primeiro a levá-los foi Diogo Cão que colocou um junto à foz do grande rio, dando-lhe o nome de São Jorge por ser Santo de Grande Devoção de El-rei. “na era da criação do mundo de 6.881 do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo de 1.482 Anos, o mui alto, mui excelente e príncipe el-rei Dom João II mandou descobrir estas terras e pôr este padrão por Diogo Cão, escudeiro da sua casa”. Também é importante recordar que o nome Padrão dado ao rio, foi posto pelos Portugueses por ser o início de tudo ou seja o primeiro lugar onde eles pisaram. Já os naturais o davam o nome de Nzadi. O marco chamado ponta de padrão teve um grande significado político e religioso:

Político porque justificava a presença militar do Diogo Cão com o objectivo de explorar novas terras e por sua vez experimentar as duas fazes coloniais que são:

a) A penetração e a ocupação colonial. A penetração é no sentido de criar contactos ao vivo dos habitantes encontrados por eles.

b) A ocupação justificava a libertação da mente das pessoas encontradas;

No aspecto Religioso se encontra timbrada as letras em língua latina que em português significa o seguinte: “na era da criação do mundo de 6.881 do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo de 1.482 Anos, o mui alto, mui excelente e príncipe el-rei Dom João II mandou descobrir estas terras e pôr este padrão por Diogo Cão, escudeiro da sua casa” (simbolizava o ano que é o nascimento de Cristo). Sempre no aspecto religioso a sua segunda expedição no mesmo, tinha como objectivo principal levar o Cristianismo pela 1ª vez nestas terras de África subsariana, visto que na época pré-colonial estas terras não conheciam o cristianismo mas sim tinha uma expressão forte de poder tradicional (Deus todo-poderoso) Nzabi-ya-mpungo.

Mas além, este lugar conheceu muitas circulações mercantis por causa da sua entrada com o nome de nzadi (profundidade) posteriormente conheceu o nome de santo de António do Zaire já em 1489 Servia de lugar de reencontro entre o governo português e os reis tradicionais.


ÉPOCA CONTEMPORÂNEA

Falando da ponta de padrão contemporaneamente, tornou-se um lugar histórico, um lugar de lazer, de manifestação religiosa, de segurança política. Um Lugar Histórico

Olhando no passado este lugar não era venerado como hoje, a nossa história actual conta-nos que ponta de padrão é o berço da mãe de Jesus Cristo que se chama Maria.

A posição física nos apresenta a pata de Maria também tradicionalmente é traduzida o lugar da integração para todos aqueles que lá vão pela 1ª vez. Esta integração é feita com um gesto simbólico do corpo que é a dança acompanhado com a bebida moderna que é o vinho. Geralmente há sempre um guia ou mais velho da ilha que nos contam o passado do mesmo lugar.

Politicamente hoje, a ponta de padrão tornou-se um lugar de muita frequência, não só, também é por ser o único rio com caudal maior que ajuda alguns países vizinhos na transportação marítima caso concreto a RDC e alguns países vizinhos que o vivem o elo de ligação. Olhando o mesmo caudal podemos observar a posição militar fruto do mesmo padrão, tal como a transição anárquica dos estrangeiros que usam a mesma entrada.


Economicamente serve de entrada e saída de barcos de grande porte que representa a Bandeira Angolana por parte da Empresa Angola LNG.

Nunca é demais hoje, a ponta vai perdendo a sua história por causa das fortes perfurações das dragas que facilitam as profundidades ao lado da ponta de padrão, não só, mas também as alterações climáticas têm contribuído na sua destruição total, originando assim as fortes ondas e calembas. Por isso, o local perde a cada dia que passa a sua verdadeira identidade cultural e hoje apresenta uma imagem desoladora. E corre o risco de desaparecer em consequência da erosão resultante da escavação que a empresa Angola LNG está a efectuar ao longo do canal Pululu.

--Miguel António Suzana (discussão) 14h59min de 29 de maio de 2013 (UTC)