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Trem Húngaro

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O Trem Húngaro foi como ficaram conhecidas os trens que na 6ª Divisão "Central" da Rede Ferroviária Federal S/A, originalmente partiam da Estação da Luz em São Paulo e tinha seu destino ao Rio de Janeiro na Estação Dom Pedro II (conhecida popularmente como "Central do Brasil", e também que substituiriam o famoso Trem Minuano (ou Pampeiro) que desde 1952 realiza o serviço de passageiros no trajeto Porto Alegre - Uruguaiana na 13ª Divisão "Rio Grande do Sul".[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16]

História

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Os Trens Húngaros foram inicialmente anunciados pelo Governo Federal em Outubro de 1973, importados da Hungria, foram produzidos pela Ganz-Mavag, a aquisição incluía 12 trens unidades diesel hidráulicos (TUDH's), divididos igualmente nas duas divisões.

A viagem inaugural de teste foi realizada em 25 de Janeiro de 1974, entre a estação D. Pedro II e Japeri, com a presença de autoridades governamentais e da RFFSA, destacando-se o então ministro dos Transportes, Mário Andreazza.

Na 6ª Divisão - "Central"

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A partir de Março do mesmo ano os trens passariam a fazer o trajeto diariamente, saindo às 17h30 e chegando às 23h37, simultaneamente, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Para a formação das 6 composições do Ramal de São Paulo, vieram os seguintes carros:

  • 12 (dois para cada trem) carros-motor, cada um com capacidade para 40 passageiros. Com uma letra "A" em alto relevo na cor vermelha perante melhor identificação dos passageiros de sua respectiva acomodação, as letras por sua vez localizavam-se nas portas de acesso dos carros.
  • 6 carros-reboque buffet, cada um para 60 passageiros. Letra "B".
  • 6 carros-reboque poltrona, cada um para 76 passageiros. Letra "C".

Cada composição era formada por dois carros motores na extremidade do trem, entre eles, os carros-reboque buffet e carros-reboque poltrona.

Foi o Trem Húngaro responsável pela primeiro trem a ter um serviço de buffet completo antes disponível apenas em Automotrizes Budd RDC-2 modificadas e futuramente nos carros de aço-inoxidável,[1] também foi com ele que vieram para o Brasil os primeiros fornos micro-ondas.[17]

A substituição dos Carros e Automotrizes Budd cogitada com a implementação dos Húngaros não viria a se concretizar e a ideia seria abandonada completamente.

O "avião sobre trilhos" como ficou conhecido, termo cunhado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" oferecia ar-condicionado, isolamento acústico, janelas panorâmicas, portas integrais e absoluta estabilidade.

Porém o projeto logo apresentou sua maior falha, a falta de poder de tração necessária para a travessia da Serra do Mar na divisa Rio - São Paulo dado o fato que apenas um dos eixos de cada truque tipo "B" era motorizado, ideal para a "Puszta" húngara, este problema seria parcialmente resolvido pela adoção de uma locomotiva elétrica Siemens "Pão de Forma" ou uma SD38 para ajuda-lo a subir a serra, porém no final a RFFSA optaria pela completa remoção do mesmo na linha São Paulo - Rio de Janeiro.

Na 13ª Divisão - Rio Grande do Sul

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Ver também

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Ligações externas

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Bibliografia

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https://books.google.com.br/books?id=ywQ_swflb7MC&pg=PA79&lpg=PA79&dq=trem+hungaro&source=bl&ots=YL33AEq11t&sig=ACfU3U1n6PQ2-Y1iMK5VwUMWDhWSSCnPAQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjp8aPfgZnuAhXYErkGHQkFBUQ4bhDoATAAegQIARAC#v=onepage&q=trem%20hungaro&f=false

Referências

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  1. a b «Trem Húngaro - A expectativa de um trem rápido - "Avião sobre trilhos"». vfco.brazilia.jor.br. Consultado em 11 de janeiro de 2021 
  2. «Trem Húngaro -- Trens de passageiros do Brasil». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  3. Comércio, Jornal do. «O húngaro que deixou saudades I». Jornal do Comércio. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  4. «Novo Milênio: Histórias e Lendas de Cubatão: Trem húngaro: avião sobre trilhos, em 1989». www.novomilenio.inf.br. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  5. HistóriasPaulistanas (7 de abril de 2018). «O trem húngaro despediu-se do Rio». Medium (em inglês). Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  6. «Trem voltou a Caxias do Sul no aniversário de 75 anos | Pioneiro». GZH. 24 de julho de 2015. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  7. (PDF) https://www.bspz.com.br/wp-content/uploads/2017/11/2017-11-10_JC_Comeco-de-Conversa_Renato-Simoes.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. Dias, Luiz Felipe Lopes (domingo, 4 de dezembro de 2016). «::::::::::LUIZ FELIPE LOPES DIAS::::::::::: ALMANAQUE GERAL FERROVIARIO - GANZ - MAVAG, O "TREM HÚNGARO"». Consultado em 13 de janeiro de 2021  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. «Cartas CBN». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  10. «Ferrovia do Trigo completa hoje quatro décadas». O Informativo do Vale. 7 de dezembro de 2018. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  11. Clodoaldomaquinista (domingo, 17 de maio de 2015). «vidaDmaquinista: O vexame do Trem Húngaro!». vidaDmaquinista. Consultado em 13 de janeiro de 2021  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. Interativa, Bravo. «Caminhão, trem, avião ou navio?». Grupo A Hora. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  13. «Expresso Turístico da CPTM deve contar com viagens até Santos». Rede Noticiando. 23 de junho de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  14. «Minas's Trains: A saudosa era dos trens de passageiros: O "Trem Húngaro"». Minas's Trains. Terça-feira, 10 de janeiro de 2012. Consultado em 13 de janeiro de 2021  Verifique data em: |data= (ajuda)
  15. «ALL negocia implantação de trem turístico - Portal do Vale do Taquari». Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  16. James (10 de agosto de 2010). «Porto Alegre Antigo - O MAIOR PRESENTE: O Trem e Porto Alegre». Porto Alegre Antigo - O MAIOR PRESENTE. Consultado em 13 de janeiro de 2021 
  17. «A historia do trem "aviões sobre rodas" que rodava entre São Paulo e Rio e outros dois estados». Via Trolebus. 22 de maio de 2020. Consultado em 6 de junho de 2021