Usuário:Yleite/Diversidade genética

A diversidade genética é a quantidade total de variações genéticas observadas tanto entre as populações de uma espécie como entre os indivíduos de uma população, ou seja quantos alelos de um gene estão presentes. As instruções para gerar um novo organismo estão no DNA e é justamente o genótipo e o ambiente associados que irão influenciar para que haja sucesso adaptativo de uma determinada população. Eventos como mutações pontuais, inversões cromossômicas, duplicação gênica e genômica constituem importantes fontes de variação genética no processo de evolução.

Genótipo e fenótipo editar

Estudando genética de populações observa-se um conjunto limitado de características por causa da falta de uma relação simples entre variação do fenótipo e do genótipo. Pode-se observar a variação desde a morfologia externa até as sequências de aminoácidos das proteínas. Já a variação do genótipo é caracterizada pela sequencia de DNA para um mesmo gene ou para diferentes regiões entre genes dos indivíduos. Na maioria das populações, estão presentes muitos alelos de cada gene no genoma indicando que há grande variação genética.

Mecanismos responsáveis editar

De acordo com a teoria selecionista, a diversidade é mantida pela seleção natural favorecendo os heterozigotos ou de diferentes alelos em diferentes momentos de locais. Já a teoria neutralista diz que a maioria dos alelos na maior parte dos locos polimórficos é funcional e seletivamente equivalente, sendo mantida por deriva genética. Diversos tipos de mutações podem originar novos genes da mesma maneira que formam novos alelos. Entretanto, a duplicação gênica é a fonte mais importantes de novos genes. As duplicações genéticas ocorrem com frequência suficiente para constituírem uma importante fonte de variação genética ao longo do tempo porque ela pode criar novo DNA. A taxa de duplicação é semelhante a taxa de genes que aumentam sua frequência populacional em 0,01 por gene e por milhão de anos. As taxas de mutação sofrem alterações em virtude da variação na estrutura das enzimas envolvidas na replicação e no reparo do DNA. Altas taxas de mutações podem ser seletivamente vantajosas em ambientes novos ou de mudança rápida. Os genes duplicados podem manter sua função original e fornecer uma cópia adicional do gene parental, ganhar uma nova função por meio de mutação e seleção ou torna-se pseudogenes sem função. Os genes que se duplicam e depois se divergem em sua sequência como acontece no grupamento das α e β-globinas em humanos, são chamados parálogos. Os genes homólogos encontrados em espécies diferentes são ortólogos. [1][2]

A diversidade genética é influenciada também pela reprodução sexuada. A reprodução sexuada aumenta capacidade de produzir descendentes com maior aptidão sob novas condições ambientais, podendo aumentar a adaptação de uma população às novas condições ao permitir troca genética entre linhagens diversas, promovendo a variação genética entre os filhos, e permitindo que alelos benéficos sejam incorporados ao genoma. Na reprodução sexuada, a evolução acontece muito mais rápido[3]. Já a autofecundação impede a troca de material genético o que resulta na perda da diversidade genética, fazendo com que a resistência ao ambiente seja menor. Em geral, a diversidade genética é o resultado da interação de forças, ou seja, um mutante deletério pode nunca ser totalmente eliminado de uma população, a migração também pode introduzir alelos que foram eliminados por seleção natural. A menos que alelos alternativos sejam intermediários em frequência, a seleção é muito lenta, precisando de muitas gerações para alguns grupos.

Referências

  1. SCOTT F. e HERRON J. Analise evolutiva. 4ªed. Porto Alegre: Artmed,2009
  2. GRIFFITHS, A. Introdução a Genética. 9ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2001
  3. Ridley, M. Evolução. 3ªed. Porto Alegre: Artmed ,2006