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Syntactic Structures (no Brasil, Estruturas Sintáticas e em Portugal, Estruturas Sintácticas) é uma influente obra teórica no campo da linguística escrita por Noam Chomsky e originalmente publicada em 1957 pela Mouton & Co.. Ela expõe o modelo da gramática gerativo-transformacional, síntese da pesquisa realizada em seu doutoramento sob orientação de Zellig Harris, reconhecida como um dos estudos mais significativos do século XX. Selecionada pela revista Time como um dos cem livros de não ficção mais importantes, esta publicação apresenta a reconhecida sentença Colorless green ideas sleep furiously, dada como exemplo por Chomsky para discutir o conceito de gramaticalidade. Como consequência, argumenta-se a favor da independência da sintaxe (estudo da estrutura das sentenças) em relação à semântica (estudo do significado).

Baseado em anotações feitas para cursos ministrados no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o primeiro livro de Chomsky apresentou o início da gramática gerativa, que se desdobra ao longo da história da linguística a partir de diferentes perspectivas. A abordagem da sintaxe é totalmente formal, segundo símbolos e máximas irredutíveis. Em sua teoria, Chomsky parte de regras de estrutura frasal,} as quais dividem a sentença em partes menores, que são arranjadas conforme as regras transformacionais. Este procedimento dá origem a diferentes estruturas de sentenças e abre espaço para um novo paradigma na ciência da linguagem. Reiterando noções introduzidas à linguística por Louis Hjelmslev, Chomsky afirma que este conjunto limitado de formas linguísticas são capazes de gerar um número infinito de sentenças. Posteriormente foi interpretado que este modo de considerar as estruturas sintáticas é uma concepção mentalista, ou seja, o protagonismo da mente na explicação dos comportamentos linguísticos, embora tais ideias não sejam explicitamente declaradas no livro. (leia mais...)