Yachay é um tipo especial de fleuma, confeccionados por xamãs e feiticeiros da bacia amazônica peruana; de onde os xamãs acreditam conter a essência de seu poder.[1] Assumem formas de virotes, tsentsak,[2] dardos, flechas, ou pedaços de ossos são exemplos do que pode estar contido na fleuma. Acredita-se que os componentes da fleuma possam ser disparados pela boca. Efeitos de feiticeiros também podem ser removidos por um xamã, que os suga para fora do corpo da vítima.

Um xamã da Amazônia em junho de 2006.

Etimologia

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Yachay é a palavra em quíchua para conhecimento. É derivado do verbo yacha (saber), referindo-se especificamente ao conhecimento ritualístico. Da mesma forma, a palavra para xamã também é yachak em quíxua, ou alguém com conhecimentos notáveis.[2]

Mariri

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Mariri é o nome tradicional de um espírito da natureza que os povos indígenas acreditam viver no catarro ou saliva.[3] Acredita-se que o espírito seja alimentado pela fumaça do tabaco. Os xamãs acreditam que podem expelir o espírito à vontade e, em seguida, transmiti-lo a um discípulo. O discípulo recebe o mariri engolindo a substância regurgitada das mãos do xamã ou fumando-o através de um cachimbo. Acredita-se também que o mariri possa ser dado aos espíritos da natureza, como o espírito das plantas que compõem da ayahuasca..

Xamãs usam mariri como defesa e proteção em atos de magia. O mariri também é considerado uma cura poderosa.

Ver também

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Referências

  1. Piers Vitebsky. Shamanism. University of Oklahoma Press (2001), p. 102.
  2. a b Beyer, Stephan V. (2009). Singing to the Plants: A Guide to Mestizo Shamanism in the Upper Amazon. University of New Mexico Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8263-4730-5 
  3. Luna, Luis Eduardo (1986). Vegetalismo (Stockholm Studies in Comparative Religion). Almqvist & Wiksell Internat. [S.l.: s.n.] ISBN 9122008195