O Pharol foi um periódico brasileiro publicado em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, entre os séculos XIX e XX.

O Pharol
Periodicidade Jornal diário
Sede Juiz de Fora, Minas Gerais
Fundação 1866
Término de publicação 1939

Foi fundado na cidade de Paraíba do Sul, estado do Rio de Janeiro, no ano de 1866 e quatro anos depois foi transferido para Juiz de Fora, onde foi publicado por 69 anos.[1] Sua tipografia foi a primeira a ser instalada em Juiz de Fora.

Em 1873, seu proprietário Tomaz Cameron, antes de se mudar para Petrópolis, vendeu o jornal a Leopodo Augusto de Miranda. No ano seguinte, o jornal deixou de ser um semanário e passou ter duas edições por semana. Por essa época, tinha como chefe de redação Georges Charles Dupin, o qual se tornou proprietário em janeiro de 1875.

Em 1885, Dupin conseguiu tornar o jornal diário mas, naquele mesmo ano, em 1 de dezembro, por motivos de saúde ele vende o jornal para Lindolfo de Assis que também era seu redator. Dupin justificando sua saída diria:

"...O estado precário de minha saúde obrigou-me a tomar semelhante resolução, e mentiria se dissesse que o foi sem pesar.
Quatorze anos de permanência em um jornal, dos quais doze de responsabilidade efetiva e de redação quese que exclusiva, criam laços que se não rompem impunemente..." [2]

Depois do Dupin, que permaneceu na direção do jornal por doze anos, o jornal foi adquirido por Lindolfo de Assis (1885-1888). A seguir o jornal passou a ser "Propriedade de uma associação", depois "Propriedade da Empresa jornalística "O Pharol", depois fundiu-se com o jornal "Diário de Minas" em 1889, figurando como propriedade da "Empresa Tipográfica de Juiz de Fora"; propriedade de José Braga (1889-1891), que também se tornou chefe de redação.

Depois o jornal foi incorporado por Alfredo Ferreira Lage (1891-1895), passando a ser propriedade de uma Sociedade anônima, depois passou às mãos de Diogo Luiz Almeida Pereira e Bernardo José de Paula Aroeira (1895-1896), a seguir veio Francisco Bernardino Rodrigues Silva (1897). Em 1899, passou a integrar a "Empresa Tipográfica Mineira", dirigida por Francisco Bernardino Rodrigues Silva. A segui veio o cel. Antônio Bernardino Monteiro de Barros (1899-1903).

Depois adquiriu o jornal José Cesário de Faria Alvim (1903-1904) e, em seguida, foi adquirido por Cristóvão de Freitas Malta (1904-1907), [nota 1] J. Canuto de Figueiredo (1907-1909) e, por fim, foi vendido a João Evangelista da Silva Gomes; por esta época eram seus redatores Albino Esteves e o Dr. Bernardo Aroeira. O Jornal circulou até o ano de 1939, quando foi extinto. [3]

Em sua redação trabalharam jornalistas como Dilermando Cruz, Lindolfo Gomes, Diogo de Vasconcelos, Cesário Alvim, Fonseca Hermes, Lopes Neves dentre outros.

Notas

  1. Entre 27 de Janeiro e 28 de setembro de 1907, assumiu a direção de "O Pharol" o Dr. Joaquim Canuto de Figueiredo e no dia 1 de outubro de 1907 Cristóvão de Freitas Malta reassume a direção.

Referências

  1. Prefeitura de Juiz de Fora. «Arquivo Histórico armazena exemplar mais antigo do jornal "O Pharol"». Consultado em 3 de novembro de 2011 
  2. Jornal" O Pharol", ANNO XIX, N.º 272 - Juiz de Fora, 1 de dezembro de 1885.
  3. Presidente Antônio Carlos: um Andrada da República, o arquiteto da Revolução de 30 - Lígia Maria Leite Pereira, Maria Auxiliadora de Faria UNIPAC, 1 de janeiro de 1998 - 597 páginas

Bibliografia editar

  • OLIVEIRA, Paulino de (1966). História de Juiz de Fora 2 ed. Juiz de Fora: Gráfica Comércio e Indústria. 313 páginas 
  • SILVA, Antônio Cícero Peregrino da. A imprensa ontem e hoje no Brasil: na América, Europa, Ásia, África e Oceania - Associação Brasileira de Imprensa, 1928, 118 páginas;
  • Revista Locus, volume 10, 1º edição - EDUFJF, 2004
  • WIRTH, John D. - Minas Gerais in the Brazilian Federation, 1889-1937 - Stanford University Press - Stanford, Callifornia, 1977 ISBN 0-8047-0932-7 LC 76-23373
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