Ósteno, o Peidorreiro

Ósteno, o Peidorreiro[1] (em latim: Ostenus ou Eustein Bumbus; em nórdico antigo: Eystein Fret) foi régulo lendário da Noruega do século VIII.

Ósteno, o Peidorreiro
Rei de Hedemarca, Toten, Hadalândia, Folde Ocidental e Varmlândia
Reinado século VIII
Antecessor(a) Haldano Pernas Brancas
Sucessor(a) Haldano, o Amável
 
Descendência Haldano, o Amável
Pai Haldano Pernas Brancas

Fontes editar

O rei é citado como Eysteinn na Lista dos Inglingos do poeta norueguês Tiodolfo de Hvinir do século IX e na Saga dos Inglingos do historiador islandês Esnorro Esturleu do século XIII,[2][3] Eystein Fret no Livro dos Islandeses do historiador islandês Ari, o Sábio do século XII[4] e Eustein Bumbus na obra História da Noruega do século XII.[5]

Vida editar

Ósteno era filho de Haldano Pernas Brancas e membro da Casa dos Inglingos. No Livro dos Islandeses, aparece como filho de Haldano e pai de Haldano e é mencionado com o epíteto de peidorreiro, cuja origem é desconhecida.[4] A História da Noruega cita a mesma genealogia e epíteto, mas adiciona que fazia uma viagem entre duas ilhas com vários navios perto um do outro, quando foi derrubado da popa pela verga de outro navio, afundando abaixo das ondas e desaparecendo.[6] Segundo a Saga dos Inglingos, reinou após seu pai em Romarícia e Folde Ocidental e casou com Hilda, filha de Érico, filho de Agnar, rei do Folde Ocidental. Érico não tinha varão e morreu no tempo de Haldano, que herdou o Folde Ocidental com seu filho Ósteno.[7]

À época, governava Escildo de Varna, que era muito habilidoso em magia. Ósteno seguiu a Varna com vários navios de guerra e saqueou tudo o que encontrou - roupas e outros objetos de valor e ferramentas agrícolas. Abateram o gado à beira-mar para provisão e depois partiram. Escioldo chegou à praia com seu exército, mas Ósteno partiu e atravessou o fiorde e Escioldo viu suas velas. Então ele pegou sua capa, balançou-a e soprou contra ela. Ósteno estava sentado junto ao leme enquanto contornavam a ilha de Jarlsey, quando outro navio navegou por perto. O estaleiro do outro navio derrubou o rei ao mar e isso foi sua morte. Seus homens pegaram seu cadáver e o levaram para Borró, onde um túmulo foi erguido sobre ele no cume próximo do mar perto de Vatla.[8]


Mas Ósteno
pela verga morto, saiu
com a filha
do irmão de Bileisto;
e agora está
o soberano sepultado
sobre rochas
sobre a borda do cume
onde, gelado,
perto do túmulo de Ósteno
a entrada de Vatla
abre para o mar

Referências

Bibliografia editar

  • Ari, o Sábio (2006). Grønlie, Siân, ed. Íslendingabók - The Book of the Icelanders. Londres: Sociedade Viquingue para Pesquisa Setentrional 
  • Ekrem, Inger; Mortensen, Lars Boje (2003). Historia Norwegie. Traduzido por Fisher, Peter. Copenhague: Museum Tusculanum Press. ISBN 8772898135