Academia Brasílica dos Renascidos
Academia Brasílica dos Renascidos foi uma entidade literária fundada na então capital do Brasil Colônia, Salvador, em 6 de junho do ano de 1759, por auspícios do conselheiro do ultramar na Bahia, José Mascarenhas Pacheco Pereira Coelho de Melo.[1][2]
Seu nome deriva do fato de pretender fazer ressurgir a extinta Academia Brasílica dos Esquecidos, que durou dois anos (1724-1725); esta porém não durou sequer um ano, extinguindo-se com a prisão do seu idealizador e diretor perpétuo, condenado que fora por não ter dado cumprimento às ordens secretas que trazia à colônia, para dar perseguição aos jesuítas.[2]
Dentre os seus principais nomes, segundo alguns autores, está o cronista religioso Domingos do Loreto Couto com sua obra Desagravos do Brasil e Glórias de Pernambuco, trazendo em seu conteúdo elementos nativistas.[3] Esta obra, contudo, permaneceu inédita até ao início do século XX, sendo publicada, a primeira parte, nos Anais da Biblioteca Nacional, por iniciativa de Capistrano de Abreu.[3]
A Academia Brasileira dos Renascidos foi inaugurada em sessão festiva (que durou uma tarde e uma noite) no templo dos religiosos Carmelitas Descalços.[4] O objetivo central da Academia era escrever a história da América Portuguesa.[5]
Entre seus sócios, contou-se ainda o nome de Frei Gaspar da Madre de Deus com o nº 40. O historiador Alberto Lamego reuniu documentos da fundação e atividades e publicou em 1923 "A Academia Brasílica dos Renascidos" - L'Edition d'Art Gaudio, Paris - Bruxelles.[4] Dentre esses documentos, há o anúncio da descoberta de uma carta do rei Pedro II de Portugal, datada de 20 de maio de 1673 segundo Lamego, pela qual Diogo Gomes Carneiro fora nomeado cronista-mor do Brasil.[4]
Ver também
editarReferências
- ↑ Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1869). Revista Trimensal do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil. [S.l.]: E. L. Garnier. p. 53-70 (Volume 32)
- ↑ a b Manuel Bandeira. Apresentação da Poesia Brasileira. [S.l.]: Ediouro. p. 24
- ↑ a b José Aderaldo Castello (1999). A literatura brasileira: origens e unidade (1500-1960). [S.l.]: EdUSP. p. 508. ISBN 8531405068 ISBN 9788531405068
- ↑ a b c MONTEIRO,Clóvis - Esboços de história literária - Livraria Acadêmica - 1961 - Rio de Janeiro - Pgs.100-102-103
- ↑ *Valentin Calderón de La Vara, Museu de Arte Sacra da Bahia, pág. 14. Edição por convênio entre a UFBA e a Dow Química S.A., 1981.