Acordo de São Silvestre
O Acordo de São Silvestre é um acordo político na República Democrática do Congo, assinado em 31 de dezembro de 2016, destinado a solucionar a crise política iniciada em 2016. [1]
O acordo foi assinado graças às ações da Conferência Episcopal Nacional do Congo da Igreja Católica.[2][1]
O Acordo de São Silvestre prevê a manutenção no poder do presidente Joseph Kabila, apesar do fim do seu mandato em 17 de dezembro de 2016, em troca da organização de eleições em 2017 e da nomeação de um primeiro-ministro do Rassemblement, a principal organização da oposição.[2]
Em 31 de dezembro de 2017, após a não organização das eleições durante o ano, o Comitê de Coordenação dos Leigos Católicos convoca os fiéis a saírem às ruas para protestar contra o regime de Kabila.[3] A repressão dos vários protestos que se estendem em janeiro de 2018 em Kinshasa e Kisangani causou pelo menos seis mortos e 65 feridos.[4]
O acordo permaneceu sendo invocado como essencial para a estabilidade do país em 2018 pela França[5], pela ONU e pela Organização da Unidade Africana. [6] A eleição presidencial ocorre em dezembro de 2018 sem Joseph Kabila, contudo foi contestada por Félix Tshisekedi.
Referências
- ↑ a b A Igreja Católica do Congo contra Joseph Kabila por François Misser, 2 de Abril de 2018, Le Monde diplomatique
- ↑ a b Laurent Larcher (1 de janeiro de 2017). «RD-Congo, l'accord de la Saint-Sylvestre». La Croix
- ↑ Colette Braeckman (31 de dezembro de 2017). «Un an après l'accord de la Saint Sylvestre, les chrétiens du Congo passeront des églises à la rue». Le Soir
- ↑ «RDC: répression meurtrière de la marche du Comité laïc de coordination». Radio France international. 21 de janeiro de 2018
- ↑ John Ndinga Ngoma (8 de junho de 2018). «Crise en RDC : Le Drian appelle au respect de l'accord de la Saint-Sylvestre». Africanews
- ↑ «RDC: ONU et UA appellent à nouveau au respect de l'accord de la Saint-Sylvestre». Radio France international. 20 de julho de 2018