Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Setembro de 2017) |
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (português brasileiro) ou Cancro (português europeu) (AIPC; em francês: Centre international de recherche sur le cancer - CIRC; em inglês: International Agency for Research on Cancer, IARC) é uma agência intergovernamental que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas (ONU).
Agência Internacional de Pesquisa em Câncer | |
---|---|
Sede do IARC/CIRC | |
Tipo | Agência da Organização Mundial da Saúde - ONU |
Acrônimo | IARC, CIRC |
Comando | Elisabete Weiderpass Brasil |
Status | Ativa |
Fundação | 20 de maio de 1965 (59 anos) |
Sede | 25 avenue Tony Garnier, 69007 Lyon França |
Website | www.iarc.fr |
Seus escritórios principais estão em Lyon, França. O seu papel é conduzir e coordenar a investigação sobre as causas do câncer/cancro. Ela também recolhe e publica dados de vigilância em relação à ocorrência da doença em todo o mundo.[1]
A entidade tem produzido uma série de monografias sobre os riscos de câncer para os seres humanos representados pela exposição a diversos agentes químicos e misturas.[2] Após a sua criação, a organização recebeu numerosos pedidos de listas de agentes conhecidos ou suspeitos de causarem câncer em humanos. Em 1970, o Comitê Consultivo da AIPC recomendou que grupos de peritos elaborassem um compêndio sobre os produtos químicos cancerígenos e começou a publicar sua série de monografias sobre o assunto.[3]
Em 26 de outubro de 2015, a Agência informou que o consumo de carne processada (por exemplo, bacon, presunto, salsichas) é um agente cancerígeno de classe 1 ("cancerígeno para os seres humanos"), enquanto a carne vermelha foi classificada como um agente cancerígeno classe 2A ( "provavelmente cancerígena para os seres humanos").[4][5][6]
Categorias da AIPC
editarA AIPC categoriza agentes, misturas e exposições com potencial cancerígeno em cinco categorias. Observe que a classificação se baseia apenas na força da evidência de carcinogenicidade, não no aumento relativo do risco de câncer devido à exposição, ou na quantidade de exposição necessária para causar câncer. Por exemplo, uma substância que aumenta apenas muito ligeiramente a probabilidade de câncer e a exposição só depois de longo prazo e por grandes doses seriam colocadas no Grupo 1, embora não representem um risco significativo em condições normais de utilização.[7]
- Grupo 1: cancerígeno para os seres humanos: há evidência suficiente para concluir que pode causar câncer em humanos;
- Grupo 2A: provavelmente cancerígeno para os seres humanos: existem fortes evidências de que pode causar câncer em humanos, mas, atualmente, não é conclusivo;.
- Grupo 2B: possivelmente cancerígeno para os seres humanos: há alguma evidência de que pode causar câncer em humanos, mas neste momento está longe de ser conclusivo;
- Grupo 3: não classificável como carcinogênico em humanos: não há nenhuma evidência, neste momento, de que cause câncer em humanos;
- Grupo 4: provavelmente não carcinogênico para humanos: existem fortes evidências de que não cause câncer em humanos. Apenas uma substância - caprolactama - foi avaliada pela sua carcinogenicidade pela IARC e colocada nesta categoria.
Ver também
editarReferências
- ↑ http://www-dep.iarc.fr/
- ↑ http://monographs.iarc.fr/
- ↑ http://monographs.iarc.fr/ENG/Preamble/CurrentPreamble.pdf
- ↑ Staff (26 de outubro de 2015). «World Health Organization - IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat» (PDF). International Agency for Research on Cancer. Consultado em 26 de outubro de 2015
- ↑ Hauser, Christine (26 de outubro de 2015). «W.H.O. Report Links Some Cancers With Processed or Red Meat». New York Times. Consultado em 26 de outubro de 2015
- ↑ Staff (26 de outubro de 2015). «Processed meats do cause cancer - WHO». BBC News. Consultado em 26 de outubro de 2015
- ↑ «<<Introduction>>». International Programme on Chemical Safety. Janeiro de 1999. Consultado em 16 de maio de 2010