Alberto Nisman

Procurador federal argentino assassinado em 2015 (1963-2015)

Natalio Alberto Nisman (Buenos Aires, 5 de dezembro de 1963[1] - Buenos Aires, 18 de janeiro de 2015) foi um procurador federal argentino, conhecido por investigar o atentado na Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, que matou 85 pessoas. Este ato foi o maior ataque terrorista da América Latina. Em 19 de janeiro de 2015, Nisman foi encontrado morto em sua casa.[2]

Alberto Nisman
Nascimento 5 de dezembro de 1963
Buenos Aires
Morte 17 de janeiro de 2015
Torres Le Parc Puerto Madero
Sepultamento La Tablada Cemetery
Cidadania Argentina
Cônjuge Sandra Arroyo Salgado
Alma mater
Ocupação promotor de justiça, advogado
Empregador(a) Universidade de Buenos Aires
Religião Judaísmo

Biografia

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Nascido em uma família judaica em Buenos Aires, Alberto Nisman começou sua carreira como procurador em Morón, Buenos Aires. Ele era casado com Sandra Arroyo Salgado Julgar, e tinha duas filhas.

Ele trabalhou nas investigações do atentado terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), ocorrido em 1994. Em 25 de outubro de 2006, Nisman acusou formalmente o governo do Irã de dirigir o ataque a AMIA e a milícia Hezbollah de executá-la. De acordo com a acusação, a Argentina tinha sido alvo de Irã após a decisão de Buenos Aires de suspender um contrato de transferência de tecnologia nuclear para Teerã. Em novembro de 2007, na sequência da acusação, a Interpol publicou os nomes de seis indivíduos oficialmente acusados no atentado terrorista e entraram na lista de procurados da Interpol: Imad Fayez Moughnieh, Ali Fallahijan, Mohsen Rabbani, Ahmad Reza Asghari, Ahmad Vahidi e Mohsen Rezaee.

Nisman pediu, em 2008, a detenção do ex-presidente Carlos Menem e o juiz Juan José Galeano. A WikiLeaks revelou que diplomatas dos EUA consideraram que Nisman podia ter feito isso de forma a estar em situação regular com a presidente Cristina Fernández de Kirchner.

Nisman rejeitou, em 2013, memorando de entendimento assinado com o Irã para investigação do caso. Dois anos mais tarde, ele acusou a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e outros políticos de encobrir os suspeitos iranianos no caso.

Nisman vivia sob constantes ameaças contra a sua vida desde que começou sua investigação e em 19 de janeiro de 2015, foi assassinado[3] em sua casa em Buenos Aires, poucas horas antes de apresentar suas conclusões ao Congresso.

Referências

  1. Ficha de Natalio Alberto Nisman Buscar Datos. Visitado em 30 de Janeiro de 2015.
  2. Marcia Carmo, Promotor achado morto BBC News (19 de Janeiro de 2015). Visitado em 27 de janeiro de 2015.
  3. «Promotor argentino conclui que Alberto Nisman foi assassinado». EL PAÍS. 25 de fevereiro de 2016. Consultado em 26 de fevereiro de 2016