Amazonas Motocicletas Especiais
A Amazonas Motocicletas Especiais (AME) foi uma fabricante de motocicletas de nacionalidade brasileira, fundada na década de 1970 por Luiz Antônio Gomide e José Carlos Biston, que criaram um protótipo com mais de 300 kg e com motor de Volkswagen Fusca de 1500 cc a ar.[2]
Amazonas Motocicletas Especiais (AME) | |
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Razão social | Amazonas Motocicletas Especiais Ltda. |
Sociedade limitada | |
Fundação | 1978 |
Fundador(es) | Luiz Antônio Gomide e José Carlos Biston |
Destino | Fechada em 1989 e reaberta em 2006, fechada novamente em definitivo em 2010 |
Sede | Manaus[1] Zona Franca de Manaus, Brasil |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Produtos | Motocicletas e acessórios |
Significado da sigla | Amazonas Motocicletas Especiais |
O primeiro modelo de fábrica foi o AME 1600 Turismo Luxo, sendo a primeira motocicleta do mundo a ter marcha à ré. O modelo possuía dimensões de 2,32 m de comprimento e 1,67 m de entre eixos; sua velocidade máxima em testes era entre 133 km/h e 144 Km/h e seu consumo de 11 km/l na cidade e 16 km/l em estrada.[3]
História
editarCom o protecionista brasileiro na época dos governos militares, que incluía a proibição da comercialização de motocicletas importadas de alta cilindrada, em meados da década de 1970 os mecânicos Luiz Antônio Gomide e José Carlos Biston criaram uma moto utilizando como força motora, um motor de um Volkswagen 1500 refrigerado a ar e o seu chassi foi aproveitado de uma Harley-Davidson, modelo Indian.[2]
Após a divulgação da nova motocicleta e a realização de 100.000 km de testes, a Auto Importadora Ferreira Rodrigues interessou-se na produção em linha do veículo. Um novo protótipo foi desenvolvido, agora utilizando autopeças existentes no mercado nacional, como o painel e comandos elétricos do VW Passat, farol de caminhão Mercedes-Benz, cáliper do freio de Ford Corcel, discos de VW Variant e o câmbio era o do esportivo SP2, além do motor Volkswagen 1600 cc.
Em 1977, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas aprovou o produto e em 1978, começou a produção da “estradeira nacional”, batizada de “Amazonas”. Imediatamente, recebeu o apelido de “Motovolks” por ter, em sua estrutura, muitas peças utilizadas em modelos de carros da Volkswagen Brasil.[2] Além do consumo nacional, as “Amazonas” foram exportadas para outros países, como Alemanha, Estados Unidos, França, Japão e Suíça.
Em 1986, a fábrica foi vendida para o empresário Guilherme Hannud Filho,[2] que continuou a produção até 1988, quando foi encerrado as atividades. Em 1990, os criadores da motocicleta (Gomide e Biston) apresentaram, no Salão do Automóvel de São Paulo, um novo projeto utilizando motor VW 1600. Batizada de Kahena, é uma evolução do produto original, com chassi de aço estampado, transmissão por eixo cardã e suspensão traseira mono braço. Porém, sua produção ocorreu artesanalmente, resumindo-se a apenas algumas unidades e descontinuada no final dos anos 1990.[2]
Em 2010, a empresa retomou as atividades com novos modelos e com a colaboração da empresa Loncin Corporation da China, com sua sede em Manaus.
Modelos
editar- Antigos
- Motonetas
- Amazonas AME 110cc (2006–2009)
- Amazonas AME 125cc (2006–2009)
- Amazonas AME 150cc (2006–2009)
- Cruisers
- Amazonas AME 1600 (1978–1988)
- Amazonas AME 250 (2006–2009)
Referências
- ↑ «Amazonas (Marca de motocicletas)». moto.com.br. Consultado em 9 de maio de 2017
- ↑ a b c d e «Estradeira nacional dos anos 1970 surgiu como alternativa no país fechado às importadas de alta cilindrada». Revista Duas Rodas. 13 de setembro de 2019
- ↑ «AMAZONAS ESTÁ DE VOLTA». Motonline. 5 de fevereiro de 2007. Consultado em 9 de maio de 2017