Angiodisplasia
Angiodisplasia é uma malformação dos vasos sanguíneos do tubo digestivo. Com os espasmos os vasos se tornam largos, com paredes finas e frágeis. Cerca de 80% das angiodisplasias afetam o intestino grosso, principalmente ceco(37%), cólon ascendente(17%), cólon sigmoide(18%) e reto(14%). É uma das causas mais comuns de hemorragia digestiva recorrente e anemia ferropriva. São mais comuns em idosos.[1]
Angiodisplasia | |
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Endoscopia de uma angiodisplasia do cólon coagulada com um jato de argônio ionizado. | |
Especialidade | angiologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | K55.2 |
CID-9 | 5698 |
CID-11 | 2134289266 |
DiseasesDB | 2963 |
eMedicine | 170719 |
MeSH | D016888 |
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Causas
editarAs teorias mais aceitas inferem que são alterações degenerativas dos pequenos vasos sanguíneos associadas ao envelhecimento e a baixa oxigenação local por muitos anos associada a doenças cardíacas, vasculares, renais ou pulmonares. Em alguns casos, o tratamento da doença cardiovascular ou pulmonar primária reduziu o sangramento por angiodisplasia.[2]]
Sinais e sintomas
editarA debilidade dos vasos pode existir por vários anos sem sintomas. Quando os vasos rompem podem causar sangramentos frequentes que geralmente desaparecem espontaneamente (90% dos casos), mas depois voltam a sangrar (25% voltam a sangrar em menos de 1 anos e 46% voltam a sangrar em menos de 3 anos).[3] A hemorragia digestiva causa[4]:
- Fezes negras e fétidas (se o sangramento é no duodeno, estômago ou esôfago)
- Fezes com sangue vermelha (se o sangramento é no reto, intestino grosso ou delgado)
- Fraqueza, cansaço, palidez e falta de ar (depois de vários dias sangrando, por anemia)
Diagnóstico
editarA suspeita quase sempre começa com um exame de fezes que detecta sangue visível ou oculta. Um hemograma pode verificar se resultou em anemia. O diagnóstico de angiodisplasia é geralmente realizado por endoscopia na modalidade esofagogastroduodenoscopia (EGD), enteroscopia ou colonoscopia. As lesões são notoriamente difíceis de encontrar com uma angiografia, se não estiverem sangrando ativamente. Outra alternativa é cintilografia do tubo digestivo.[5]
Tratamento
editarEm caso de hemorragia prolongada pode ser necessário internação hospitalar para repor líquidos intravenosamente com soro fisiológico ou produtos sanguíneos. Reposição de íons, ferro e vitaminas também pode ser necessária. O cólon será então preparado para ser examinado várias horas depois. Um cateter intravenoso (angiografia) pode ajudar a bloquear o vaso sanguíneo que está sangrando examinando e administrando medicamentos para contrair os vasos e prevenir sangramento. Medicamentos como talidomida e estrógeno podem reduzir o sangramento.[4]
Quando a hemorragia é grande e recorrente, e outros tratamentos não resolvem, pode-se queimar o local do sangramento com calor ou laser (cauterização) usando um colonoscópio ou pode ser necessário uma cirurgia para remover a parte do cólon afetada (hemicolectomia).[4]
Referências
- ↑ Höchter W, Weingart J, Kühner W, Frimberger E, Ottenjann R. Angiodysplasia in the colon and rectum. Endoscopic morphology, localisation and frequency. Endoscopy. 1985 Sep;17(5):182-5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3876926
- ↑ Hussein Al-Hamid, MD; BS Anand, MD. Angiodysplasia of the Colon. Jul 27, 2016 [http://emedicine.medscape.com/article/170719-overview#a7
- ↑ Hussein Al-Hamid, MD; BS Anand, MD. Angiodysplasia of the colon. - Prognosis. http://emedicine.medscape.com/article/170719-overview#a2
- ↑ a b c Angiodysplasia of the colon. https://medlineplus.gov/ency/article/000238.htm
- ↑ Mitchell SH, Schaefer DC, Dubagunta S (2004). "A new view of occult and obscure gastrointestinal bleeding". Am Fam Physician. 69 (4): 875–81. PMID 14989574.