Arco elétrico

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Um arco elétrico (AO 1945: arco eléctrico) é resultante de uma ruptura dielétrica de um gás a qual produz uma descarga de plasma, similar a uma fagulha instantânea, resultante de um fluxo de corrente em meio normalmente isolante tal como o ar. Um termo arcaico para ele é arco voltaico como usado na expressão lâmpada de arco voltaico, já o termo popular mais utilizado é curto-circuito.

Arco eléctrico entre trilho electrificado e o contacto eléctrico em um comboio do metro londrino

O arco ocorre em um espaço preenchido de gás entre dois elétrodos condutivos (freqüentemente feitos de carbono ) e isto resulta em uma temperatura muito alta, capaz de fundir ou vaporizar virtualmente qualquer coisa.

Em uma visão comercial, arcos elétricos são usados para soldagem, corte a plasma, e como uma lâmpada de arco voltaico em projetores de filme e holofotes. Fornos a arco elétrico são usado para produzir aço e outras substâncias. O Carbureto de cálcio é feito desta forma por requerer um grande aporte de energia para promover uma reação endotérmica (a uma temperatura de 2500 °C).

Arcos elétricos de baixa pressão são usados para iluminação, por exemplo na forma de lâmpadas fluorescente, lâmpadas de vapor mercúrio e sódio, lâmpadas de câmara de flash, monitores de plasma e letreiros de néon

Arcos elétricos indesejáveis podem levar a deterioração de sistemas transmissão de energia elétrica e equipamentos eletrónicos.

História editar

 
Raio é o arco elétrico natural.

É acreditado que o fenômeno foi o primeiro a ser descrito por Sir Humphry Davy num documento publicado em 1801 no Jornal de Filosofia, Química e artes Naturais por William Nicholson.[1] Entretanto, a descrição de Davy não foi um arco elétrico como esse fenômeno considerado pela ciência moderna: "Essa é a descrição, evidentemente de uma fagulha, não de um arco. Pois a essência de um arco é que ele deve ser contínuo, e que os polos não devem estar em contado depois que o mesmo começou. A faísca produzida por Sir Humphry Davy obviamente não era contínua; e por mais que os carbonos permaneceram vermelhos em brasa por um curto tempo depois do contato, não pode ter existido arco os conectando, ou tão perto que um observador o teria mencionado".[2] No mesmo ano Davy demonstrou o efeito publicamente em frente a Royal Society, transmitindo uma corrente elétrica por 2 hastes de carbono em contato, e depois as afastando por uma curta distancia. A demonstração produziu um fraco arco, não evidentemente distinto de uma faísca contínua, entre hastes de carvão. A sociedade aderiu uma bateria mais potente de 1000 chapas e em 1808 ele demonstrou um arco de grande-escala.[3] Ele é creditado por nomear o arco.[4] Ele o chamou de arco pelo fenômeno assumir a forma de um arco para cima quando a distancia entre os eletrodos não e tão pequena .[5] Isso se da pela forca flutuante no gás quente . Independentemente, o fenômeno foi descoberto em 1802 e descrito em 1803[6] Como um "fluido especial com propriedades elétricas" por Vasily V. Petrov, um cientista russo experimentando com bateria de zinco-cobre de 4200 discos[7]

Exemplos editar

  • O relâmpago da trovoada é um arco eléctrico de grandes dimensões que permite se escapem as cargas eléctricas entre as nuvens ou entre as nuvens e a terra
  • A soldadura eléctrica (Soldagem) a arco produzem uma grande quantidade de calor bem localizada o que provoca a fusão dos materiais
  • O forno a arco utilizado na metalurgia para a fusão de metais
  • Arco elétrico provocado por curto-circuito em equipamentos elétricos devido a acumulação de sujeira, cavacos, água, presença de insetos ou outros animais.
  • A norma IEC 61641 regulamenta painéis de baixa tensão à prova de arco interno e contempla critérios para segurança pessoal e estrutural com os comportamentos adequados quando da ocorrência de arcos elétricos.

Curto-circuito editar

A principal diferença entre arco elétrico e curto-circuito está na sua concepção de causa e efeito. Em vias gerais, o arco elétrico (efeito) é a resultante de um processo de curto-circuito (causa).

Ver também editar

Ligações externas editar

Referências

  1. The Electric Arc, By Hertha Ayrton, page 94
  2. The Electric Arc, By Hertha Ayrton, page 20
  3. Luckiesh, Matthew (1920). Artificial light, its influence upon civilization. New York: Century. p. 112. OCLC 1446711 
  4. «Arc». The Columbia Encyclopedia 3rd ed. New York: Columbia University Press. 1963. LCCN 63020205 
  5. Davy, Humphry (1812). Elements of Chemical Philosophy. [S.l.: s.n.] 85 páginas. ISBN 0-217-88947-6  This is the likely origin of the term arc.
  6. Tracking down the origin of arc plasma Science-II. Early continuous discharges, by André ANDERS
  7. Kartsev, V. P. (1983). Shea, William R, ed. Nature Mathematized. Boston, MA: Kluwer Academic. p. 279. ISBN 90-277-1402-9