Artur Maciel

jornalista e escritor português

Artur Maciel, nome profissional e literário de Artur Santiago Maciel da Costa, (Lisboa, 21 de Fevereiro de 1900 — Lisboa, 18 de Dezembro de 1977), foi um jornalista e escritor português.[1]

Colaborou nos seguintes jornais:

Bibliografia editar

Referências

  1. «Maciel, Artur, 1900-1977». Rede Municipal de Bibliotecas. Consultado em 28 de dezembro de 2012 

Ligações externas editar

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Artur Santiago Maciel da Costa de seu nome completo foi um conceituado jornalista e escritor com vasta colaboração nos jornais “O Século da Noite”, “A Voz”, “Noite” e “Diário de Notícias”. Lisboeta de nascimento, ao Minho – região à qual lhe ligavam as raízes familiares – dedicou Artur Maciel toda a sua vida e empenho à causa regionalista, a ele devendo a Casa do Minho, em Lisboa, os seus períodos mais áureos. Artur Maciel nasceu em 21 de Fevereiro de 1900.

No decorrer da sessão de 14 de Fevereiro de 1967, o deputado bracarense António Santos da Cunha não lhe poupou rasgados elogios, referindo-se-lhe nos seguintes termos: “A Casa do Minho, a que actualmente preside o distinto jornalista e escritor Artur Maciel, tem desenvolvido uma tarefa que quero disso tenho obrigação especial destacar.

Ainda há poucos dias me foi dado tomar parte numa reunião, a que assistiram pessoas do maior valor, que serviu não só para denunciar mais uma vez as delícias da cozinha minhota, como para que convivessem os naturais da região das mais variadas classes e fossem discutidos problemas de grande interesse para a mesma.

Será que a sua esforçada e dinâmica direcção pensa em organizar uma semana de estudos na capital, semana em que os mais candentes problemas regionais serão abordados por autoridades competentes nas diferentes matérias, o que será contributo apreciável para a resolução dos mesmos, e ainda, o que muito é de Ter em conta, poderosa alavanca para a mentalização dos responsáveis quanto á necessidade de esses problemas serem encarados de frente.”

O deputado António Maria Santos da Cunha era natural de Braga. Foi Secretário da Comissão Distrital da União Nacional, de Braga, em 1953, Vice-presidente daquele órgão em 1965 e Presidente da Comissão Concelhia de Braga da União nacional. Foi ainda Presidente das câmaras municipais de Braga e da Póvoa de Lanhoso, da Comissão Municipal de Turismo de Braga e Procurador à Câmara Corporativa na VI Legislatura.

Artur Maciel deixou-nos vasta obra publicada de que destacamos “Uma noite nos jardins de Espanha – Una noche en los jardines de España (1977)”; “Viagem de cem anos (1855-1955, editado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo (1958)”; “Angola Heróica. Bertrand (1963)”; “A colecção de pintura da Fundação Caloute Gulbenkian exposta no Museu de Arte Antiga”, edição do Museu de Arte Antiga (1961)”; “As artes ao serviço da nação: panorama e índice de uma época. Livraria Bertrand (1967)”; “Ritmo do bilros”, Porto, Companhia Portuguesa (19?2); “Um português nas espanhas : Galiza, Astúrias, Leão, Castelas, Catalunha e Andaluzia. Lisboa. Bertrand, (1965)”; “Condes e Senhores de Viana da Foz do Lima. Viana do Castelo. (1938)”; “Viana centro de turismo: itinerário de grandes pequenas coisas tradicionais, típicas e pitorescas (1938)”; “A mono-arquia do Prof. Doutor Marcelo Caetano. Lisboa. Liv. Bertrand (1952)”; “Ritmo de bilros : livro que contem vários casos e lendas da Beira-Lima / dado à estampa por Artur Maciel; com muitos desenhos do artista José Cyrne. Porto: Portugueza Editora. (1924)”.

O seu livro “Angola Heróica” que relata uma reportagem que fez durante 120 dias naquela frente de combate, nos primeiros anos do conflito, dedicou-o “em homenagem aos veteranos que no 1º de Maio de 1961 desembarcaram em Luanda”, prefaciando com as seguintes palavras: “... ao mais humilde e ignorado de todos esses soldados, brancos, mestiços e negros, que vi nas selvas do nosso Congo a defender Portugal - com a mesma fé, a mesma abnegação, o mesmo silencioso heroísmo de quantos dos nossos, através dos séculos, com a sua alma, o seu sangue e o seu esforço descobriram, criaram e engrandeceram Angola...”.

Para além da dinâmica que imprimiu à actividade da Casa do Minho, deixou verdadeiras pérolas literárias como sucede com os textos insertos nos cardápios dos almoços regionalistas ali realizados. A ele se deve, aliás, a divisa “Uma boa mesa para uma boa política regionalista”!

Em 1977, Artur Maciel ocupava o cargo de Presidente do Conselho Regional quando, no decorrer de uma assembleia geral que teve lugar em 18 de Dezembro desse ano, foi destituído do lugar que ocupava, através de uma votação maciça por procuração, prática que então ainda era autorizada. Seguramente movido pelo desgosto, veio momentos depois a falecer em casa.

Decorridas quase quatro décadas sobre a data do seu falecimento, Artur Maciel continua a constituir uma personalidade de referência do regionalismo minhoto na capital e, sobretudo, da Casa do Minho à qual prestou inestimáveis serviços!