Cartografia celeste

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Cartografia celeste,[1] uranografia[2][3], astrografia ou cartografia estelar é um ramo da astronomia e da cartografia preocupada com o mapeamento de estrelas, galáxias e outros objetos astronômicos na esfera celeste. Medir a posição e o brilho dos objetos mapeados requer vários tipos de instrumentos e técnicas. Essas técnicas se desenvolveram a partir de medidas de ângulos com quadrantes a olho nu. Depois vieran as medidas com sextantes, que também continham lentes para a medida da magnitude do brilho do objeto. Atualmente tais medidas são computadorizadas com o auxílio de telescópios automáticos, espaciais ou terrestres.

Página título do Coelum Stellatum Christianum, de Julius Schiller

Os uranógrafos contribuíram para a história da astronomia com o posicionamento de planetas, tabela de estrelas e cartas celestes para a astronomia amadora e profissional. Mas, hoje em dia, mapas celestes foram compilados por computadores e o posicionamento automático dos telescópios é possível usando bancos de dados estelares e de outros objetos astronômicos.

Etimologia editar

A palavra "uranografia" derivado grego "ουρανογραφια" (koiné ουρανος "céu" + γραφειν "escrever"), passado ao latim uranographia. No Renascimento, Uranographia foi usado como título de vários atlas celestes.[4][5][6] Durante o século XIX, "uranografia" foi definido como "a descrição dos céus". Elijah H. Burritt redefiniu o termo para "a geografia dos céus".[7]

Astrometria editar

 Ver artigo principal: Astrometria

Também conhecido como a astronomia de posição, é o ramo da astronomia que lida com a posição das estrelas e outros corpos celestiais, suas distâncias e movimentos.

Catálogos estelares editar

 
A constelação de Aquário segundo Higino
 
A constelação de Aquário segundo a Uranometria, de Johann Bayer, baseado nas Tabelas Rudolfinas
 
A constelação de Aquário segundo KStars

Uma fonte determinante para o desenho de cartas estelares é naturalmente uma tabela estelar. É proeminente quando comparado os "mapas celestes" imaginários do Poeticon Astronomicon - ilustrações acompanhadas de um texto narrativo da Antiguidade, aos mapas estelares de Johann Bayer, baseado nas medidas precisas de Tycho Brahe das posições das estrelas.

Tabelas estelares de importância histórica editar

  • Cerca de 150 d.C., Almagesto - contém a última tabela estelar conhecida da Antiguidade, preparado por Ptolomeu. Contém 1028 estrelas.
  • 1627, Tabelas Rudolfinas - contém a primeira tabela da época do Iluminismo, baseada nas medições de Tycho Brahe. Contém 1005 estrelas.
  • 1690, Prodromus Astronomiae - de Johannes Hevelius, para a sua obra Firmamentum Sobiescanum. Contém 1564 estrelas.
  • Catálogo Britânico - de John Flamsteed, para a sua obra Atlas Coelestis. Contém mais de 3000 estrelas com precisão de 10".

1903, Bonner Durchmusterung - de Friedrich Wilhelm Argelander e colaboradores. Contém cerca de 460 000 estrelas.

Atlas estelares editar

Estrelas vistas a olho nu editar

 
Uma carta estelar chinesa do livro de Su Song Xin Yi Xiang Fa Yao, publicado em 1092

Estrelas vistas com o auxílio de telescópios editar

Estrelas vistas fotograficamente editar

  • 1914, Franklin-Adams Charts, de John Franklin-Adams, um dos primeiros atlas fotográficos.
  • The Falkau Atlas (Hans Vehrenberg). Compila as estrelas de magnitude aparente 13.
  • Atlas Stellarum (Hans Vehrenberg). Compila as estrelas de magnitude aparente 14.
  • True Visual Magnitude Photographic Star Atlas (Christos Papadopoulos). Compila as estrelas de magnitude aparente 13,5.

Atlas estelares modernos editar

Atlas estelares computadorizados editar

Referências

  1. Warner, D. J. (1979). The Sky Explored: Celestial Cartography 1500–1800. [S.l.]: Theatrum Orbis Terrarum Ltd., Amsterdam; Alan R. Liss, Inc., New York 
  2. Lovi, G.; Tirion, W.; Rappaport, B. (1987). «Uranography Yesterday and Today». Uranometria 2000.0. 1: The Northern Hemisphere to – 6 degree. [S.l.]: Willmann-Bell, Richmond 
  3. Lovi, G.; Tirion, W. (1989). Men, Monsters and the Modern Universe. Richmond: Willmann-Bell 
  4. 1690: Hevelius J., Firmamentum Sobiescianum sive Uranographia.
  5. c. 1750: Bevis J, Uranographia Britannica.
  6. 1801: Bode. J. E., Uranographia sive Astrorum Descriptio.
  7. Burritt, E. H., The Geography of the Heavens, 1833.
  8. Dürer’s hemispheres of 1515 — the first European printed star charts
  9. "Stars & Planets Guide", IanRidpath.com.
  10. "The Great Atlas of the Sky", GreatSkyAtlas.com, December 1, 2009.

Ver também editar

Ligações externas editar