Augusten Burroughs

Augusten Xon Burroughs (nascido Christopher Robison em 23 de Outubro de 1965 em Pittsburgh, Pennsylvania) é um escritor norte-americano, que ficou conhecido pelas suas memórias Running with Scissors (em inglês) (2002), que permaneceram durante mais de 2 anos na lista de livros mais vendidos do New York Times que serviram de base ao filme com o mesmo nome (em inglês). Burroughs vive em Nova Iorque e em Amherst, Massachusetts, com o seu parceiro de muitos anos Dennis Pilsits e com os seus bulldogs Bentley e The Cow.

Augusten Burroughs
Nascimento 23 de Outubro de 1969
Nacionalidade  Estados Unidos
Ocupação Escritor
Serviço militar
País  Estados Unidos

Biografia editar

Augusten Burroughs é filho de John G. Robison, antigo director do departamento de filosofia da Universidade de Massachusetts, em Amherst e da poetisa e escritora Margaret Robison, que o enviou para viver com a família do seu psiquiatra, os Turcotte, desde muito novo. Burroughs abandonou a escola no sexto ano, tendo posteriormente efectuado exames de equivalência do ensino complementar (GED (em inglês)] aos 17 anos. Afirma que subiu na vida a pulso até alcançar um emprego bem remunerado no sector da publicidade, após o que se dedicou à escrita em exclusivo.

Burroughs publica os seus livros nas editoras St. Martin's Press (capa dura) e Picador (capa mole).[1] Em Running with Scissors, Burroughs relata algumas das suas experiências de criança; o livro gerou enorme polémica e um processo judicial em Junho de 2005 em que a família Turcotte de Cambridge, Massachusetts, acusava Burroughs de difamação de vários dos seus membros (em particular o Dr. Rodolph Turcotte, o tutor oficial do autor) por comparação com as excêntricas figuras ficcionais da família Finch do livro.[2][3] A adaptação ao cinema foi escrita e dirigida por Ryan Murphy (em inglês) e teve o actor Joseph Cross (em inglês) como intérprete do papel de Burroughs, para além de Annette Bening, Gwyneth Paltrow e Alec Baldwin[4].

A sua obra mistura o mundano com o fantástico e é escrita num estilo de facto consumado. Para além de Running wtith Scissors, Burroughs publicou um segundo livro de memórias intitulado Dry (2003), sobre as suas experiências durante e após o seu tratamento ao alcoolismo. Este livro foi seguido por duas colecções de contos, Magical Thinking (2003) e Possible Side Effects (2006). O seu primeiro livro, a novela Sellevision (em inglês) (2000) foi já adaptada a filme[5][6].

Burroughs foi alvo de um artigo da revista People, do jornal The Guardian, e da Entertainment Weekly, onde foi incluído em 15º lugar na lista das "25 maiores cómicos da América".

Controvérsia editar

Em Janeiro de 2007, a revista Vanity Fair publicou um artigo ("Ruthless With Scissors"[7]) alegando que Burroughs tinha inventado uma grande parte das suas memórias, incluindo as descrições da terapia de choques eléctricos: a família Turcotte afirma que o aparelho que Burroughs afirma ter utilizado nele próprio foi de facto um aspirador da marca "Electrolux". A família afirma no processo judicial que lhe moveu que o livro os descreve falsamente como "praticantes de um culto pouco higiénico e desequilibrado mentalmente e envolvidos em actividades bizarras e até criminosas."

Burroughs afirma que manteve numerosos diários desde tenra idade que documentam os factos descritos em Running With Scissors. No entanto o artigo da Vanity Fair indica que nem a família Turcotte nem os seus advogados tiveram acesso aos diários e que um pedido por escrito da revista ao autor solicitando a sua divulgação nunca teve resposta. Burroughs afirmaria mais tarde que terá destruído todos os seus diários durante uma crise de alcoolismo.

Bibliografia editar

Referências

Ligações externas editar

  Este artigo sobre literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.