Autoinjetor de adrenalina
Um autoinjetor de adrenalina (ou autoinjetor de epinefrina, também conhecido pela marca registrada EpiPen ou como caneta de adrenalina) é um dispositivo médico usado para administrar uma ou várias doses do medicamento epinefrina (adrenalina) através de autoinjeção. É indicado para o tratamento da anafilaxia ou outras reações alérgicas graves. A caneta está concebida para ser usada por pessoas leigas em situações de emergência.
Autoinjetor de adrenalina | |
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O primeiro autoinjetor de epinefrina foi lançado no mercado em 1983.
Uso médico
editarOs autoinjetores de epinefrina são dispositivos portáteis transportados por pessoas com alergias graves; a epinefrina administrada pelo dispositivo é um tratamento de emergência para anafilaxia.[1][2]
Quando há suspeita de um quadro de anafilaxia, a solução de epinefrina deve ser administrada o mais rápido possível mediante uma injeção intramuscular, no meio da face externa da coxa, que corresponde à localização do músculo vasto lateral.[3] Pode ser necessário repetir a injeção a cada 5 a 15 minutos se não houver uma melhoria suficiente do doente.[4] Estima-se que uma segunda dose seja necessária em aproximadamente 16–35% dos episódios, sendo raramente necessárias mais de duas doses; em cerca de 80% dos casos em que a segunda dose é administrada, é-lo feito por um profissional de saúde.[4] Não se conhece quais são os doentes mais suscetíveis à necessidade de múltiplas injeções.[4] A via intramuscular é preferida à administração subcutânea porque esta pode ter uma absorção mais lenta.[4][5] Os efeitos adversos ligeiros da epinefrina incluem tremores, ansiedade, dores de cabeça e palpitações.[4]
A epinefrina nos autoinjetores tem validade de cerca de um ano.[2] Um estudo em coelhos concluiu que a epinefrina intramuscular diminuiu a sua eficácia após expirar; esse estudo também recomendou que se o medicamento em um dispositivo fora da validade não tiver precipitado (se a solução não estiver turva e não contiver partículas), injetar o medicamento é preferível a não administrar qualquer medicamento em uma emergência.[6]
Referências
editar- ↑ «Anaphylaxis». National Institute of Allergy and Infectious Diseases. 23 de abril de 2015. Consultado em 4 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 4 de maio de 2016
- ↑ a b Dinakar, C (dezembro de 2012). «Anaphylaxis in children: current understanding and key issues in diagnosis and treatment.». Current Allergy and Asthma Reports. 12 (6): 641–9. PMC 3492692 . PMID 22815131. doi:10.1007/s11882-012-0284-1
- ↑ «Epinephrine Injection». MedlinePlus Last revised 03/15/2017
- ↑ a b c d e Muraro, A; The EAACI Food Allergy and Anaphylaxis Guidelines Group; et al. (agosto de 2014). «Anaphylaxis: guidelines from the European Academy of Allergy and Clinical Immunology.». Allergy. 69 (8): 1026–45. PMID 24909803. doi:10.1111/all.12437
- ↑ Simons, KJ; Simons, FE (agosto de 2010). «Epinephrine and its use in anaphylaxis: current issues». Current Opinion in Allergy and Clinical Immunology. 10 (4): 354–61. PMID 20543673. doi:10.1097/ACI.0b013e32833bc670
- ↑ Song, TT; Worm, M; Lieberman, P (agosto de 2014). «Anaphylaxis treatment: current barriers to adrenaline auto-injector use.». Allergy. 69 (8): 983–91. PMID 24835773. doi:10.1111/all.12387
Leitura adicional
editar- Fromer, L (20 de agosto de 2016). «Prevention of anaphylaxis: the role of the epinephrine auto-injector.». The American Journal of Medicine. 129 (12): 1244–1250. PMID 27555092. doi:10.1016/j.amjmed.2016.07.018 (Financiado pela Mylan, fabricante da EpiPen)
- Frew, AJ (janeiro de 2011). «What are the 'ideal' features of an adrenaline (epinephrine) auto-injector in the treatment of anaphylaxis?». Allergy. 66 (1): 15–24. PMID 20716315. doi:10.1111/j.1398-9995.2010.02450.x (Financiado pela ALK, fabricante do Jext)