Baccalà alla vicentina

Baccalà alla vicentina (no dialeto local: Bacałà a ła Vixentina, em português: bacalhau à vicentina), é um prato típico de Vicenza feito com bacalhau seco e salgado.

Bacalhau à vicentina (Baccalà alla viventina) acompanhado de polenta

História editar

O uso da secagem para preservação do bacalhau (gadus morhua) é muito antigo. Há documentos que atestam essa prática no Mar do Norte já ao tempo de Carlos Magno (século IX).

Diz-se que o bacalhau foi introduzido em Trivêneto pelos venezianos, tidos como grandes navegadores e que trouxeram todas as novidades gastronômicas para sua terra natal[1]. A versão mais difundida dos fatos afirma que, em 1432, uma expedição sob as ordens do capitão veneziano Pietro Querini foi vítima de um naufrágio na Noruega, na ilha de Røst[1]. Ao voltar para casa, Querini teria trazido o bacalhau, que em Trivêneto ainda é chamado de baccalà ou, no vêneto, bacalà[1]. Em Vicenza, a população local costuma aplicar o termo com uma única letra c, isto é, Bacalà[1]. Os venezianos viam no bacalhau uma alternativa atraente aos outros peixes frescos, que eram mais caros e facilmente perecíveis[1]. Nasceu, assim, a tradição de consumir esse prato na região e de acordo com diferentes receitas, dentre as quais o famoso bacalhau ao estilo Vicenza (Baccalà alla vicentina).

Modo de preparo editar

A receita é passada de geração em geração e quase todas as famílias aplicam-na com uma ou outra pequena variação[2]. O bacalhau seco deve ser de excelente qualidade. Na região, consideram o melhor o chamado "Spider", que vem das Ilhas Lofoten, na Noruega.

O peixe deve ser triturado, depois embebido em água corrente, por três dias, até amolecer. Depois deve ser limpo, enfarinhado e cozido em fogo muito baixo com bastante cebola. O bacalhau deve ser coberto com leite e óleo em quantidades iguais numa panela de barro. O prato deve ser servido sobre uma base de polenta amarela.[3][2]


Referências


Ver também editar

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