Banco Central Mexicano

O Banco Central Mexicano foi uma instituição financeira mexicana estabelecida durante o governo de Porfirio Díaz Mori, sendo a primeira a reconhecer as emissões de notas bancárias dos bancos da República Mexicana, adquirindo funções de banco central anos antes da criação do Banco do México.[1] Foi fundado por empresários do norte do México[2] em colaboração com José Yves Limantour, Secretário da Fazenda,[2] que buscava compensar o poder que o Banco Nacional de México e o Banco de Londres e México exerciam sobre a economia mexicana,[3] bem como estabelecer uma instituição que reconhecesse as emissões dos bancos provinciais.

Antiga sede do Banco Central Mexicano na Cidade do México.
Enrique C. Creel, o primeiro presidente do Banco Central Mexicano.

Antecedentes editar

Em 1897, o Secretário da Fazenda e Crédito Público da República Mexicana, José Yves Limantour, impulsionou a Lei Geral de Instituições de Crédito, promulgada pelo presidente General Porfirio Díaz em 19 de março do mesmo ano, com o objetivo de desenvolver o setor bancário no México e obter o reconhecimento das emissões de notas dos bancos provinciais em uma única instituição.[4]

Entre os promotores dessa nova iniciativa estava Pablo Macedo, promotor do Banco Nacional de México, que destacou a "anarquia" na emissão e reconhecimento de notas, especialmente devido à rivalidade entre o Banco Nacional de México e o Banco de Londrés y México, que não reconheciam suas respectivas emissões, nem as dos bancos provinciais.[1] Além disso, o novo banco, apoiado pelo Secretário Limantour, compensaria o imenso poder acumulado pelos bancos mencionados anteriormente.[3]

Banco Refaccionario de México editar

O descontentamento dos bancos provinciais levou à formação de uma aliança bancária estabelecida em 24 de janeiro de 1898, chamada Banco Refaccionario de México, sediado na Cidade do México. Essa instituição era a única que reconhecia as emissões dos bancos registrados na República, apesar de não ter o monopólio de sua emissão. O Banco Refaccionario de México foi concedido aos senhores Enrique C. Creel, Joaquín D. Casasús, Ramón Alcázar, Antonio V. Hernández, Carlos Bracho e Carlos Vermehren, que contribuíram com um capital de 1.000.000 de pesos para sua criação.[carece de fontes?]

Banco Central Mexicano editar

Em 28 de janeiro de 1899, os atributos do Banco Refaccionario de México foram modificados e seu nome foi mudado para Banco Central Mexicano, com um aumento de capital para 6.000.000 de pesos.[carece de fontes?]

 
Antonio V. Hernández, Pablo Macedo e Justo Sierra foram os promotores do banco.

Seu primeiro conselho de administração foi composto por Enrique C. Creel (presidente), Ramiro de Trueba (vice-presidente) e os conselheiros proprietários Joaquín D. Casasús, Ramón Alcázar, Olegario Molina, Antonio V. Hernández, Fernando Pimentel y Fagoaga (também gerente), José Castellot. Como suplentes, estavam Donato de Chapeaurouge, Carlos Casasús, Manuel Rivero Collada, Emilio Meyrán, Pablo Guma, Viviano L. Villarreal, Rómulo Larralde, Carlos Bracho, Eduardo Meade e Manuel Araoz, além de Francisco Cortina e Icaza (interventor do governo), Balbino Dávalos (secretário), Juan F. Brittingham (comissário), Federico Kludt (subgerente), John Sutcliffe (contador) e Juan Camargo (caixa).[5]

O Banco Central Mexicano estabeleceu correspondências com todos os bancos provinciais do México, fornecendo a cada um contas de crédito, bem como com o Deutsche Bank, Banque de Paris & Pays-Bas, London & Westminster Bank Ltd., Banco de Bilbao, J.P. Morgan & Co., National City Bank, entre outros.[carece de fontes?]

Referências