Batalha das Ilhas Líparas

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A Batalha das Ilhas Líparas ou Batalha das Ilhas Eólias foi uma batalha naval travada no porto de Lípara em 260 a.C. entre as frotas de Cartago e da República Romana durante a Primeira Guerra Púnica. A vitória cartaginesa foi o resultado de uma emboscada e não de uma batalha tradicional.

Batalha das Ilhas Líparas
Primeira Guerra Púnica

As Ilhas Líparas, conhecidas também como ilhas Eólias.
Data 260 a.C.
Local Porto de Lípara, Sicília
Coordenadas 38° 28' 20.96" N 14° 57' 39.16" E
Desfecho Vitória cartaginesa
Beligerantes
República Romana República Romana Cartago Cartago
Comandantes
República Romana Cneu Cornélio Cipião Asina Cartago Boodes
Cartago Aníbal Giscão
Forças
17 navios 20 navios
Baixas
Frota inteira capturada 4 navios
Lípara está localizado em: Sicília
Lípara
Localização de Lípara no que é hoje a Sicília

Prelúdio editar

Depois dos sucessos em terra na Sicília, como a conquista de Agrigento, os romanos se sentiram confiantes o suficiente para construir e equipar uma frota que os permitisse controlar o mar Mediterrâneo. Foram encomendados, construídos e treinadas as tripulações de uma frota de cerca de 150 quinquerremes e trirremes num período recorde de apenas dois meses. Os patrícios Cneu Cornélio Cipião, cônsul naquele ano, recebeu o comando dos primeiros dezessete navios e seguiu para Messana para se preparar para a chegada da frota e o futuro desembarque na Sicília.[1]

A batalha editar

Enquanto Cipião estava no estreito, recebeu informações de que a guarnição de Lípara estava disposta a desertar para os romanos. O que aconteceu em seguida é geralmente descrito como um ato de traição dos cartagineses, mas as fontes não dão muitos detalhes e não eram, geralmente, pró-romanas. Embora estivesse no mar para dar alguma experiência real às suas tripulações, o cônsul não conseguiu resistiu à tentação de conquistar uma importante cidade sem luta e navegou para Lípara. Conforme os romanos entraram no porto com seus navios novos em folha, uma parte da frota cartaginesa, comandada por Aníbal Giscão (o general derrotado em Agrigente) e Boodes, ou já esperava uma emboscada (segundo as fontes pró-romanas) ou foi informada da posição da frota romana e a pegou de surpresa. Boodes liderou cerca de 20 navios para bloquear os romanos dentro do poto. Cipião e seus então ofereceram pouca resistência, pois as tripulações, inexperiemtes, fugiram e o próprio cônsul foi capturado. Sua credulidade valeu-lhe depois o agnome pejorativo "Asina", que significa "burra" em latim, o que era ainda mais ofensivo quando utilizado na forma feminina e não na masculina (em latim: "asinus").[1]

Resultado editar

O incidente em Lípara não encerrou a guerra e nem a carreira de Cipião Asina, especialmente por que, logo depois, o outro cônsul, Caio Duílio, vingou a humilhação vencendo a Batalha de Milas à frente do resto da frota romana.[1]

Referências

Bibliografia editar

Ligações externas editar