Batalha de Queroneia (87 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Batalha de Queroneia.

A Batalha de Queroneia foi travada em 87 a.C. entre as forças da República Romana e as do Reino do Ponto no contexto da Primeira Guerra Mitridática. Depois de três dias de combates, os romanos foram vencedores.

Batalha de Queroneia
Primeira Guerra Mitridática
Data 87 a.C.
Local Queroneia, na Beócia
Coordenadas 38° 30' 3.6" N 22° 51' 50.4" E
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
República Romana República Romana   Reino do Ponto
Comandantes
República Romana Quinto Brútio Sura   Arquelau
  Aristião
Queroneia está localizado em: Grécia
Queroneia
Localização de Queroneia no que é hoje a Grécia

Contexto editar

Tudo isto aconteceu enquanto Sula estava treinando e recrutando um exército em Brundísio para seguir para o oriente para enfrentar o próprio Mitrídates VI. Em Roma, Caio Mário, adversário de Sula, ainda tentava obter o comando da guerra e convenceu o tribuno da plebe Públio Sulpício Rufo a convocar uma sessão extraordinária do Senado para cancelar o senatus consultum que havia dado o comando da guerra a Sula. Este, ao saber da movimentação em Roma, tomou uma decisão sem precedentes: à frente de seis legiões leais a ele, Sula marchou e capturou a cidade de Roma, algo que nenhum general antes havia feito. Depois de expulsar os líderes dos populares e consolidar sua posição, Sula embarcou para a Grécia com cinco legiões.

Batalha editar

Enquanto isto, a primeira intervenção romana para interromper o avanço das forças pônticas na Grécia foi feito pelo legado do governador da província da Macedônia, Quinto Brútio Sura, que marchou com um pequeno exército e conseguiu uma vitória naval, na qual afundou um grande navio de transporte de tropas (hemiolia) com a perda de todos os tripulantes[1]. Seguindo adiante com sua frota, Sura tomou a ilha de Escíato, um covil de piratas, onde crucificou os escravos e cortou as mãos dos libertos fugidos e que estavam ali refugiados.

Finalmente, seu exército chegou à Beócia, onde recebeu um reforço de 1 000 homens, entre cavaleiros e infantes, vindos da Macedônia. Perto de Queroneia, Sura combateu por três dias contra o general pôntico Arquelau e o tirano de Atenas Aristião, mas sem um resultado decisivo. Quando os espartanos e aqueus chegaram para apoiar o exército pôntico, Brútio preferiu se retirar para Pireu, onde permaneceu até que Arquelau se aproximou com sua frota e obteve a rendição da cidade[2]. Segundo Plutarco, Lúcio Licínio Lúculo ordenou que ele voltasse então para sua província e entregasse o comando da guerra ao recém-chegado Lúcio Cornélio Sula[1]. Imediatamente Sula iniciou o Cerco de Atenas e Pireu contra Arquelau e Aristião[3] . As duas cidades cairiam no ano seguinte[4].

Referências

  1. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Sula 11.
  2. Apiano, História Romana, Guerras Mitridáticas 29.
  3. Apiano, História Romana, Guerras Mitridáticas 30.
  4. Lívio, Periochae Ab Urbe Condita 81.1.

Bibliografia editar

  • Antonelli, Giuseppe (1992). «Mitridate, il nemico mortale di Roma». Milão. Il Giornale - Biblioteca storica (em italiano) (49) 
  • Brizzi, Giovanni (1997). Storia di Roma. 1. Dalle origini ad Azio (em italiano). [S.l.]: Bolonha 
  • Piganiol, André (1989). Le conquiste dei Romani (em italiano). Milão: [s.n.]