Batalha de Vélica

Uma batalha das Guerras Cantábricas com a localização certa desconhecida.

Batalha de Vélica (em latim: Vellica) foi uma batalha das Guerras Cantábricas, travada em 25 a.C. pelo imperador romano Augusto e suas legiões contra os cântabros que habitavam a região. A localização mais aceita desta batalha é a região à volta do monte Cildá, em Olleros de Pisuerga, na província de Palência.

Batalha de Vélica
Guerras Cantábricas

Mapa da Cantábria na época das Guerras Cantábricas
Data 25 a.C.
Local Vélica, Cantábria, Hispânia
Coordenadas 42° 44' 56.04" N 4° 16' 28.99" E
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
Império Romano Império Romano   Cântabros
Comandantes
Império Romano Augusto   Desconhecido
Forças
40 000 no exército[1], c. 30 000 em Amório[2] 80 000[3]
Baixas
30 000-70 000 militares e civis mortos[4][5] Desconhecido
Vélica está localizado em: Espanha
Vélica
Localização de Vélica no que é hoje a Espanha

Localização

editar

Cildá era habitada pelos cântabros desde o século I a.C. Ptolemeu[6] menciona "Vellika" em primeiro lugar na lista das cidades cantábricas.[7]

Alguns autores, como Adolf Schulten, Miguel Ángel García Guinea e Iglesias Gil, situaram a batalha e a cidade de Vélica na região do monte Cildá.[8] De acordo com Joaquín González Echegaray, a cidade corresponde às fortificações construídas no monte, onde uma inscrição foi encontrada citada o clã vellicum), e que deve ter sido tomada pelos romanos pelo sul, logo depois da tomada de Amaya, mas antes de Monte Bernorio.[9]

Eles também supõem que Vélica e Bergida são referências à mesma cidade em crônicas diferentes.[10] Outra crença amplamente aceita é que a cidade pode ter se situado na planície vizinha de Mave e que o forte na colina seria apenas uma posição defensiva avançada.[11]

Batalha

editar

No século I a.C., o Império Romano começou sua investida final contra os territórios na época dominados pelos cântabros e ástures, dando início às Guerras Cantábricas. Os romanos eram liderados pessoalmente pelo imperador Augusto.

Segundo as crônicas de Floro e Paulo Orósio, uma importante batalha ocorreu em Vélica entre os romanos, liderados por Augusto, e os cântabros, que culminou na conquista da cidade entre 25−6 a.C..[12][13] É provável que esta crônica esteja se referindo à planície à volta de Mave.[14] Ao contrário dos confrontos anteriores, os cântabros preferiram enfrentar os romanos em campo aberto, provavelmente por que não tinham mais suprimentos suficientes para defender a fortaleza elevada.

A batalha foi vencida de forma decisiva pela poderosa Legio IV Macedonica, que estava acampada em Segisama Júlia (Sasamón), antes do assalto final ao Castro de Monte Bernorio. É provável que a Legio IX Hispana tenha participado da batalha.[15] A cidade foi completamente destruída depois da conquista romana.[8]

Referências

  1. Treadgold 1988, p. 298.
  2. Treadgold 1988, p. 444–445 (Note #415).
  3. Treadgold 1988, p. 297.
  4. Ivison 2007, p. 31.
  5. Treadgold 1988, p. 303.
  6. [[Geografia (Ptolemeu)|]], II,6.51
  7. Celtiberia: Castro de Monte Cildá.
  8. a b Lista Roja del Patrimonio: Yacimiento de Monte Cildá.
  9. González Echegaray , J.: Los cántabros. Santander: Estudio, 1993. ISBN 84-87934-23-4
  10. J.L. Ramírez Sádaba,La Toponimia de la guerra. Utilización y utilidad, p.177 Versão em PDF (em castelhano)
  11. Cantabria Joven: Romanización. (em castelhano)
  12. Floro, II, 33, 48.
  13. Orósio, VI, 21, 3.
  14. J. González Echegaray, Las guerras cántabras en las fuentes, p.166 Versão em PDF. (em castelhano)
  15. Muy Interesante: Empotrado en la Legio Nona. (em castelhano)