Belchior Nunes Barreto

missionário português

Belchior Nunes Barreto (Porto, Portugal, 1520 - Goa, 6 de Outubro de 1571) foi um padre jesuíta português do século XVI que foi missionário na Índia, China e Japão. Em inglês Belchior é tratado como Melchior.

Carreira editar

Era filho de Fernão Nunes Barreto, um latifundiário no Porto, Portugal, e tinha quatro irmãs que foram enviadas para um convento e três irmãos: Gaspar, que herdou a propriedade do pai; João, que começou como abade em Braga e mais tarde foi bispo na Etiópia; e Afonso, que foi padre. Entre 1543 e 1544, Barreto juntou-se à Companhia de Jesus em Coimbra, alegando que o fez por indicação da Virgem Maria num sonho.[1][2]. A sua candidatura foi aprovada por Pedro Farbo, um companheiro de Francisco Xavier. Em 1551, Barreto serviu como missionário em Goa, uma possessão portuguesa. Durante esta fase ele foi nomeado como Reitor Eclesiástico do Colégio Jesuíta de Bacaim (hoje Vasai) por Xavier[1]. Enquanto reitor fez queixa dos missionários luteranos germânicos, que acabaram presos[2]. Depois da morte de Francisco Xavier e Gaspar Barazeuz em 1553 ele ficou o superior provincial dos jesuítas na Índia[2]. Entre 1554 e 1557 ele deixou a índia para uma missão no Japão, acompanhado de Gaspar Vilela. Quando retornou assumiu o cargo de reitor do Colégio Jesuíta de Cochim.[3][4][5] Some sources claim that he died on 10 August 1571.[1]

Missão ao Este e ao Sudeste Asiático editar

A partir da Índia, Barreto tentou navegar para o Japão através da Malaca em 1554 mas não conseguiu atingir o destino inicialmente. Em vez disso, visitou várias ilhas na Malásia, incluindo Lampacau. Barreto prestou um tributo na campo de Francisco Xavier em Sanchoão[2]. Segue então para Macau em 20 de Novembro de 1555[2][6][1]. Foi um dos primeiros jesuítas a visitar a China[6], tendo ficado cerca de 10 meses [1]. Barreto foi o primeiro padre católico autorizado a sair de Macau e entrar na cidade de Cantão[2] para resgatar três prisioneiros portugueses. Durante a sua missão Barreto notou a indiferença dos chineses perante a sua própria religião, e a falta de estima por clérigos, tendo concluído que seria muito difícil converter pessoas ali [7]. Não desistiu de concluir o seu objectivo de pregar no Japão. Em Junho de 1556 depois de várias tentativas ele finalmente desembarca em Bungo, com outros 40 portugueses. À sua chegada é recebido pelo lorde local[2]. Barreto retorna à Índia em 1557, escrevendo em 1558 um relatório parcial das suas experiências[2].

Ver também editar

Bibliografia editar

Referências

  1. a b c d e João Paulo Oliveira e Costa (1998): O Cristianismo no Japão e o Episcopado de D. Luís de Cerqueira (Christianity in Japan and the Bishopry of Dom Luís de Cerqueira). Doctoral Thesis, Universidade Nova de Lisboa.
  2. a b c d e f g h Baltasar Telles, S.I. (1645): Chronica da Companhia de IESU, na provincia de Portugal, e o que fizeram d'este Reyno, os Religiosos que na mesma Provincia entràram, nos annos em que viveo S. Inacio de Loyola, Nosso Fundador. Published by Paulo Craesbeeck.
  3. Elesban de Guilhermy (1868): Menologie de la Compagnie de Jesus, pages 125-126.
  4. Jean-Pierre Duteil (1994): Le mandat du ciel: le rôle des Jésuites en Chine (The Mandate from Heaven: The Role of the Jesuits in China), page 316
  5. François Angelier (2011) Dictionnaire des Voyageurs et Explorateurs Occidentaux. Published by Pygmalion. page 92
  6. a b Anonymous (2012): "Macao. 450 anni di presenza" (Macau: 440 years of presence). GesuitiNews 2012-04-18. Accessed on 2018-05-30. "Benché il P. Melchior Nunes Barreto SJ, sia stato il primo gesuita a passare da Macao il 20 novembre 1555 ..."
  7. Po-chia Hsia (2010): A Jesuit in the Forbidden City: Matteo Ricci 1552-1610. Oxford University Press. Page 59.

Ligações externas editar