Dynastinae

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A Dynastinae é uma subfamília de besouros da família Scarabaeidae, conhecidos como besouro-rinoceronte, besouro-elefante, besouro-de-chifre e besouro-unicórnio, entre outros nomes, que também são utilizados para outras espécies de escaravelhos[1]. São cerca de 1500 espécies de 220 gêneros distribuídos em todo o mundo, com maioria das espécies nativa nas américas.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaDynastinae
Besouro hércules macho (Dynastes hercules)
Besouro hércules macho (Dynastes hercules)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Subordem: Polyphaga
Infraordem: Scarabaeiformia
Superfamília: Scarabaeoidea
Família: Scarabaeidae
Subfamília: Dynastinae
(MacLeay, 1819)
Géneros
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Entre as espécies mais famosas deste grupo estão o besouro-hércules-verdadeiro (Dynastes hercules), besouro-atlas-verdadeiro (Chalcosoma atlas), besouro-elefante-verdadeiro (Megasoma elephas) e o besouro-rinoceronte-japonês ou kabuto (Allomyrina dichotoma). Outros exemplos são o "besouro-preto-chifrudo" (Enema pan), bastante comum em algumas regiões do Brasil, além do besouro-boi (Strategus aloeus), besouro-hércules-do-leste (Dynastes tityus), besouro-rinoceronte-asiático (Xylotrupes ulysses) e besouro-rinoceronte-europeu (Oryctes nasicornis).

Caracterização

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Ilustração mostrando a diferença entre macho (acima) e fêmea (abaixo) da espécie Chalcosoma atlas.

Os Dynastinae em geral têm o corpo robusto e podem medir de 4 milímetros a 16 centímentros, com algumas espécies entre os maiores de besouros do mundo.[1] As cores geralmente são preta ou marrom claro, escuro ou avermelhado.[1]

Mas a característica mais marcante do grupo são os chifres grandes exibidos pelos machos.[1] O que ocorre em muitas espécies de Dynastinae, mas não em todas.[1] Nessas espécies, os chifres proporcionados pelo dimorfismo sexual dos machos são utilizados na luta contra outros machos durante a época de acasalamento e para escavar. O tamanho do chifre é um bom indicador de nutrição e saúde física.[2]

Algumas espécies têm alegadamente levantado até 850 vezes o seu próprio peso.[3] Assim, se os humanos fossem tão fortes quanto este besouro, poderiam erguer 15 elefantes - um peso equivalente a 60 toneladas.

Hábitos

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Besouro-hercules adulto, criado como animal de estimação.

A maioria das espécies é benéfica, com larvas que consomem a matéria orgânica e funcionando como recicladores de nutrientes nos ecossistemas.[1] Algumas poucas espécies são consideradas pragas agrícolas,[1] como Oryctes rhinoceros e Cyclocephala. Outras, são utilizadas como animais de estimação exóticos, como os besouros-hércules.[4] Certas espécies são consideradas ainda alimentos por populações tradicionais, especialmente as larvas.

Vivem cerca de 2 a 10 meses, mas algumas espécies podem chegar até dois anos de vida, a exemplo de Dynastes tytius.[4]

Adultos da maioria das espécies têm hábitos noturnos ou crespúsculares, sendo atraídos facilmente por luzes artificiais durante a noite.[1]

Alimentação

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Dependendo da espécie, os adultos se alimentam de folhas, seiva de árvores, frutas, pólen e flores.[1] Já as larvas podem ser herbívoras, se alimentando de raízes, troncos, sementes ou decompositoras, se alimentando de troncos podres e outros tipos de matéria orgânica vegetal em decomposição.[1]

Diversidade de espécies

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Abaixo é apresentada uma amostra da diversidade de escaravelhos Dynastinae, com o nome do gênero ou espécie :

Classificação

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Alguns cientistas consideram este grupo não como uma subfamília, mas sim como uma familia de besouros.[1]

Abaixo seguem os principais gêneros e algumas espécies represetantivas de Dynastinae:

Agaocephalini Burmeister, 1847 (em disputa)

Cyclocephalini Laporte, 1840

Dynastini MacLeay, 1819

Hexodontini (em disputa)

Oryctini Mulsant, 1842

Oryctoderini

Pentodontini Mulsant, 1842

Phileurini Burmeister, 1847

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l Alvarez & Amat, Hector (2010). «Synopsis and key to the genera of Dynastinae (Coleoptera, Scarabaeoidea, Scarabaeidae) of Colombia» (PDF). ZooKeys 34: 153–192 (2010). Consultado em 5 de janeiro de 2019 
  2. «Why horn size matters when picking a mate». New Scientist 
  3. Rodger Kram: Inexpensive Load Carrying By Rhinoceros Beetles. The Journal of Experimental Biology 199, 609–612 (1996)
  4. a b KRELL & KRELL, Frank-Thorsten (2015). «Longevity of the Western Hercules Beetle, Dynastes grantii Horn (Coleoptera: Scarabaeidae: Dynastinae)». The Coleopterists Bulletin 69(4):760-760 . Consultado em 5 de janeiro de 2018.
  5. «Description of a new species of Coelosis Hope from Guajira Peninsula, northern Colombia». Zookeys. Consultado em 3 de abril de 2018 
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