As betalaínas são originadas de aminoácidos aromáticos (L-fenilanina e a L-tirosina) e são pigmentos (alcalóides coloridos) vacuolares naturais biossintetizados a partir do ácido betalâmico (aldeído α,β-insaturado instável), que são responsáveis por substituir as antocianinas em 17 famílias da ordem Caryophyllales do reino Plantae[1]

Estrutura do ácido betalâmico.

O termo foi introduzido por Mabry e Dreiding em 1968, após a identificação do cromóforo básico 1,7-diazaeptametínico, para enfatizar as semelhanças estruturais e biogenéticas, como por exemplo a presença de nitrogênio em sua molécula, que diferenciavam esses pigmentos das antocianinas. [2]

Ocorrência

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Beterrabas contém betalaínas.

Elas podem ser encontradas em flores de opuntia (da família Cactaceae, beterrabas, acelgas, pitaia rosa, buganvílias vermelha, rosa e laranja, além de flores de amaranto vermelhas. [3]

A betalaína é subdividida em duas classes, as betaxantinas (do grego beta = beterraba e xanthos = amarelo) que possuem o máximo de absorção entre 460 e 480 nm, sendo percebida como coloração amarela-alaranjada [4], e as betacianinas (do grego beta = beterraba e kyaneos = azul) em que a absorção se dá em 540 nm, uma coloração violeta intensa [5], sendo ela a mais comum na natureza.[6]

Propriedades

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Buganvília é uma das espécies de angiospermas que possuem betalaínas como pigmento.

As duas classes de betalaínas, a indicaxantina do grupo betaxantina, assim como, a betanina do grupo betacianina possuem atividades antioxidantes na presença de lipoproteína de baixa densidade (LDL) relacionada ao seu cromóforo [7], sistemas-modelo de membranas celulares (lipossomas) e células íntegras. Outra característica relevante é que, ambas são pouco fluorescentes, principalmente a betanina, enquanto, a indicaxantina, torna-se mais fluorescente em contato com a água.

Além da atividade antioxidante, as betalaínas estão em estudo por poderem apresentar propriedades que afetam positivamente a saúde como antiproliferativo, cardioprotetor, antimicrobiano, anticancerígeno, hipolipemiante, antidiabético, hepatoprotetor, anti-inflamatório, neuroproctetiva e etc.[8], além de apresentarem potencial para serem utilizados na indústria alimentícia como corantes naturais nos alimentos, devido a sua estabilidade em uma ampla faixa de pH.[9]

Extração e Purificação

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Essas duas betalaínas naturais podem ser obtidas através da extração e purificação. A betanina pode ser obtida por meio do extrato da beterraba utilizando isopropanol como antissolvente e purificação cromatográfica. Já a indicaxantina resume-se a uma semissíntese que provém do acoplamento aldimínico do ácido betalâmico e aminoácidos, que é purificada mediante a utilização do cromatografia líquida de alta eficiência [10].

Referências