Bomba de resistência a múltiplas drogas

Bombas de resistência a múltiplas drogas (bombas MDR, do inglês multidrug resistance), também conhecidas como bombas de efluxo de múltiplas drogas, são um tipo de bomba de efluxo e P-glicoproteína. As bombas MDR na membrana celular expulsam muitas substâncias estranhas para fora das células, e algumas dessas bombas podem ter uma ampla especificidade.[1] As bombas MDR existem em animais, fungos e bactérias e provavelmente evoluíram como um mecanismo de defesa contra substâncias nocivas.

Existem sete famílias de MDRs, que são agrupadas por homologia, fonte de energia e estrutura geral.[2] Dentre estas, há cinco classes principais de bombas de efluxo em bactérias: a superfamília ABC (do inglês ATP-binding cassete), a superfamília de divisão celular de nodulação de resistência (RND, do inglês resistance nodulation division), a superfamília de facilitadores principais (MFS), a superfamília de resistência a múltiplos fármacos (SMR) e a superfamília de extrusão de multifármacos e compostos tóxicos (MATE). Existem também duas classes menores: a família de efluxo de compostos antimicrobianos proteobacterianos (PACE) e a família de transportadores de p-aminonbezoil-glutamato (AbgT).[2] A extrusão de compostos por bombas de efluxo depende da energia. Os transportadores ABC usam hidrólise de ATP para efluxo, enquanto o resto das bombas caracterizadas usam força próton-motriz.[2]

As classes de bombas de efluxo cobrem uma ampla gama de especificidades de substrato e estão envolvidas em vários processos celulares, incluindo comunicação célula a célula, formação de biofilme e virulência, e proteção celular através da extrusão de subprodutos metabólicos tóxicos, compostos tóxicos e antibióticos clínicos. O aumento do uso de antibióticos resultou em um aumento concomitante de bactérias resistentes a antibióticos. Espécies de bactérias e fungos patogênicos desenvolveram bombas MDR responsável pelo efluxo de muitos antibióticos e antifúngicos, o que aumenta a concentração necessária para seu efeito terapêutico. Em bactérias, a superexpressão de algumas bombas de efluxo pode resultar em diminuição da suscetibilidade a múltiplos antibióticos.[3]

Referências

  1. Laura J. V. Piddock (2006). «Multidrug-resistance efflux pumps? not just for resistance». Nature Reviews Microbiology. 4 (8): 629–636. PMID 16845433. doi:10.1038/nrmicro1464 
  2. a b c Chitsaz, Mohsen; Brown, Melissa H. (3 de março de 2017). «The role played by drug efflux pumps in bacterial multidrug resistance». Essays in Biochemistry (em inglês). 61 (1): 127–139. ISSN 0071-1365. PMID 28258236. doi:10.1042/EBC20160064 
  3. Li, Xian-Zhi; Plésiat, Patrick; Nikaido, Hiroshi (abril de 2015). «The Challenge of Efflux-Mediated Antibiotic Resistance in Gram-Negative Bacteria». Clinical Microbiology Reviews. 28 (2): 337–418. ISSN 0893-8512. PMC 4402952 . PMID 25788514. doi:10.1128/CMR.00117-14 
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