Victor Manuel Braga Paixão

especialista em educaçāo e ensaísta português
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Victor Manuel Braga Paixão (Lisboa, 13 de setembro de 1892 — Lisboa, 18 de abril de 1982), frequentemente referido por Braga Paixão, foi um professor liceal, alto funcionário administrativo e ensaísta, autor de uma extensa obra publicada sobre políticas educativas e sobre temáticas coloniais.[1][2][3] Foi Director-Geral do Ensino Primário, Director-Geral da Instrução Pública de Moçambique, Director-Geral do Ensino Colonial (1944)[1] e Subsecretário de Estado das Colónias (1948).

Victor Manuel Braga Paixão
Nascimento 13 de setembro de 1892
Lisboa
Morte 18 de abril de 1982 (89–90 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação professor, administrador acadêmico, ensaísta

Biografia editar

Natural de Lisboa, concluiu naquela cidade o Curso Superior de Letras no ano de 1913, formando-se como professor liceal de Português. Ingressou na carreira docente liceal. Concluído o estágio de profissionalização e realizado o Exame de Estado, foi colocado como professor efectivo de Português no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo (ao tempo designado por Liceu de D. João de Castro), mantendo-se nos Açores durante 8 anos lectivos consecutivos. Foi reitor interino do liceu de Angra de 21 de Outubro de 1923 a 2 de Janeiro de 1925 e de 17 de Junho de 1925 a 29 de Março de 1926.[1] Em Angra do Heroísmo dedicou-se ao jornalismo, fundando o periódico Folha de Angra (1922-1923), de que foi seu director e proprietário.[1]

A prtir de 1927 deixou a carreira docente, passando então a ocupar cargos de orientação e coordenação da política administrativa do sistema educativo português. Foi sucessivamente Director-Geral do Ensino Primário, Director-Geral da Instrução Pública de Moçambique e Director-Geral do Ensino Colonial (1944-1947).[1] Foi Subsecretário de Estado das Colónias (1947-1950).

A partir de 1927, mas particularmente nas décadas de 1940 a 1960 exerceu importante acção pedagógica através de numerosas conferências e foi autor de numerosas publicações relacionadas com o ensino.

Foi sócio da Academia Portuguesa da História e sócio efectivo da Classe de Letras da Academia de Ciências de Lisboa. Por proposta do Ministro da Instrução Pública de 13 de setembro de 1930 foi condecorado com o grau de grande oficial da Ordem da Instrução Pública por decreto de concessão publicado no Diário do Governo n.º 307, de 31 de dezembro de 1932.[4]

Notas

  1. a b c d e Enciclopédia Açoriana: "Paixão, Vitor Manuel Braga".
  2. J. Paulo, Dicionário de Educadores Portugueses, pp. 1042-1047. Lisboa, Edições ASA, 2003.
  3. Obras de Braga Paixão.
  4. Arquivo da Presidência da República.

Bibliografia editar

  • Pedro Soares Martínez, Elogio do dr. Vítor Braga Paixão (com resposta de Martim de Albuquerque). Academia Portuguesa da História, Lisboa, 1997.