Cão de Fila da Terceira

raça do cão

O Cão de Fila da Terceira, também chamado Fila-da-terceira[1] ou Rabo torto, foi uma raça de cães portuguesa extinta, originária da Ilha Terceira do arquipélago dos Açores.[2][3]

Cão de Fila da Terceira
Cão de Fila da Terceira
Cão Fila da Terceira, do tipo mastiff
Nome original Cão de Fila da Terceira
Outros nomes Terceirense
Terceira mastiff
Fila da terceira
Rabo torto
País de origem Portugal Portugal
Características
Altura cerca de 55 cm na cernelha
Pelagem curto
Cor fulvo, tigrado ou amarelo, sempre com máscara negra
Não é reconhecida por qualquer clube de cães

Existem tentativas para resgatar a raça. O cão contemporâneo mais aparentado ao fila da terceira é o que chamam hoje de "Cão da terra".

História

editar
 
Fila da Terceira, tipo "Bull"

Acredita-se que tenha surgido através de cruzamentos entre cães trazidos à Ilha terceira pelos colonizadores portugueses e espanhóis. Na sua criação, especula-se que estejam envolvidos o Rafeiro do Alentejo,[4] o antigo Dogue de Bordeaux(de focinho longo), Alano espanhol, Mastiff espanhol e até o Bloodhound; e posteriormente sofreu inserção do Antigo bulldog inglês(originando o tipo "Bull"), trazido por portugueses ex-exilados, diretamente da Inglaterra.

O nome "fila" sugere um cão de guarda, que morde e não solta.[5][6] Este cão foi muito utilizado como cão de gado,[1] de utilidade,[1] de combate e de guarda.[4] Alguns relatos antigos, afirmam que este cão era muito popular entre os piratas da região.[2] Contudo, devido à imigração para o Brasil (durante o fim da monarquia) [carece de fontes?] e à desvalorização destes cães, a raça tornou-se cada vez mais escassa. Em 1880, um veterinário português chamado José Leite Pacheco, elaborou um padrão racial para o Fila da Terceira, adotando como nome oficial a alcunha "Rabo-torto".[2] Porém, devido ao pequeno número de exemplares restantes, a nenhum clube cinófilo chegou a reconhecer a raça.[3]

Na década de 1930, houve alguns poucos espécimes que chegaram até a participar em exposições em Lisboa.[7] Porém, a extinção da raça estava próxima. Na década de 1960, houve uma tentativa de reanimar a raça com o apoio do Governo Português.[7] No entanto, mercê da discordância entre os criadores e os oficiais do governo, o projeto fracassou.[7] O Fila da Terceira considera-se extinto desde os anos 1970.[7] Mas, ainda existem tentativas de recriar a raça utilizando os poucos remanescentes restantes.[3]

Ver também

editar

Referências

  1. a b c Bigotte de Carvalho, Maria Irene (2003). Nova Enciclopédia Larousse vol. V. Lisboa: Círculo de Leitores. p. 1417. 1578 páginas. ISBN 972-42-2816-9. OCLC 959016748 
  2. a b c «"Terceira mastiff"» (em inglês). Molosser dogs. Consultado em 4 de Agosto de 2016 
  3. a b c «Cão Fila da Terceira». Cão de fila da Terceira. Consultado em 4 de Agosto de 2016 
  4. a b Morris, Desmond (2008). Dogs: The Ultimate Dictionary of Over 1,000 Dog Breeds (em inglês). North Pomfret: Trafalgar Square. p. 608. 752 páginas. ISBN 1-57076-219-8 
  5. S.A, Priberam Informática. «cão de fila». Dicionário Priberam. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
  6. Infopédia. «cão | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
  7. a b c d Krämer, Eva-Maria (2009). Der große Kosmos-Hundeführer: mit allen 341 FCI-Rassen und 150 zusätzlichen Rassen (em alemão). Stuttgart: Kosmos. p. 229. 400 páginas. ISBN 3440106454 
  Este artigo sobre cães é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.