Cédula de cinquenta mil cruzeiros reais

A cédula de cinquenta mil cruzeiros reais é uma cédula do padrão cruzeiro real foi o padrão monetário no Brasil entre 1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994.[1] A cédula era assinada pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que pouco tempo depois viria a ser eleito presidente.[2] Pedro Malan, por sua vez, assinava como presidente do Banco Central.[2]

Cinquenta mil cruzeiros reais
 Brasil
Valor Cinquenta mil cruzeiros reais
Tipo de papel Papel moeda
Fabricante Casa da Moeda do Brasil

Contexto econômico editar

 Ver artigo principal: Cruzeiro real

A Cédula de cinquenta mil cruzeiros reais está inserido no contexto do padrão monetário do cruzeiro real.[3] foi o padrão monetário no Brasil entre 1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994. Quando foi substituído pelo Real, a atual moeda oficial do Brasil. As altas taxas de inflação que marcaram a vigência do terceiro cruzeiro entre os anos de 1990 de 1993 fizeram com que os preços dos produtos de consumo cotidiano fossem expressos em milhares de cruzeiros e os salários fossem contabilizados em milhões de cruzeiros, sendo que isto levou o governo Itamar Franco a editar, em 28 de julho de 1993, a Medida Provisória 336[4] e convertida posteriormente em 27 de agosto para a Lei 8 697,[5] que criou o cruzeiro real, equivalente a mil cruzeiros. Apesar de haver projeto nesse sentido na medida provisória, não foram emitidas moedas com valores em centavos nesta moeda, sendo que se consideravam como centavos as cédulas e moedas do padrão anterior então circulantes na razão de 10 "cruzeiros" por centavo sempre que as mesmas fossem correspondentes a cifras inferiores a 1000 cruzeiros.

Anverso da cédula editar

Trata-se de uma cédula de cor púrpura que traz em seu anverso a imagem do rosto de uma baiana do acarajé sorrindo.[2]

Verso da cédula editar

A cédula traz uma estampa de uma baiana com balangandãs, como a romã e o cacho de uvas, a figa de madeira e os dentes de animais, o caju e o peixe, o cordeiro e as pombas do Espírito Santo, numa representação de elementos do sincretismo das religiões africanas com o catolicismo.[2]

Referências

  1. Do pau-brasil ao real Caderno História do Jornal Gazeta do Povo de 21 de julho de 2013
  2. a b c d «Felipe Branco Cruz - Qual é a cédula brasileira mais bonita já lançada?». caraoucoroa.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2023 
  3. Do pau-brasil ao real Caderno História do Jornal Gazeta do Povo de 21 de julho de 2013
  4. BRASIL (Legislação) (28 de julho de 1993). «Medida Provisória número 336». Presidência da República. Consultado em 20 de agosto de 2015 
  5. BRASIL (Legislação) (27 de agosto de 1993). «Lei nº 8697». Presidência da República