Cancioneiro de Lisboa

 Nota: Este artigo é sobre o cancioneiro renascentista. Para o cancioneiro medieval, veja Cancioneiro da Biblioteca Nacional.

Cancioneiro Musical da Biblioteca Nacional ou simplesmente Cancioneiro de Lisboa é o manuscrito que faz parte da Colecção Ivo Cruz (cota CIC 60) que se encontra guardado na Biblioteca Nacional de Lisboa, em Portugal. É um dos quatro cancioneiros renascentistas de música portuguesa (juntamente com o Cancioneiro de Elvas, o Cancioneiro de Belém e o Cancioneiro de Paris). Trata-se de um livro de coro de pequeno formato (96 × 146 mm) com 70 folios, faltando o 6 e o 63, produzido por volta de 1570. Alguns folios sofreram corrosão pela tinta utilizada, não sendo possível recuperar totalmente as músicas contidas neles.

Página do Cancioneiro de Lisboa com a cantiga em castelhano Ninha era la infanta, provavelmente composta em 1521 por Gil Vicente e Pedro de Escobar.

Este cancioneiro é uma compilação de músicas tanto seculares quanto sacras dos séculos XV e XVI. Nenhuma das músicas faz referência ao nome do compositor, mas por comparação com outros cancioneiros se sabe que algumas delas foram compostas por Francisco de Peñalosa, Juan de Anchieta, Pedro de Escobar entre outros.

As obras musicais

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As obras musicais contidas no cancioneiro são:

Obra Compositor Concordâncias
1 Ave Maria Antonio de Ribera
2 Ave vera caro Christi Francisco de Peñalosa
3 Ave vere sanguis Domini Francisco de Peñalosa
4 Hierusalem convertere Anónimo
5 Stabat mater dolorosa Pedro de Escobar
6 O sacrum convivium Alonso Pérez de Alba
7 Rex autem David Anónimo
8 O bone Iesu Anónimo
9 Benedicamus Domino Anónimo
10 Hoc corpus Anónimo
11 Domine Iesu Christe Juan de Anchieta
12 Ave sanctissimum Anónimo
13 Resurgens Christus Anónimo
14 Halleluia Christus resurgens Anónimo
15 Deposuit potentes, Gloria patri Francisco de Peñalosa
16 Quia fecti, Esurientes, Sicut erat Vasco Pires
17 Quia fecti, Esurientes Juan de Urrede
18 Vos virgem sois nostra madre Anónimo
19 Terra donde me criei Anónimo
20 Quiso nuestro Dios eterno Anónimo
21 De gram prision nos quitó Anónimo
22 Ninha era la infanta Pedro de Escobar (atrib.)
23 Cercaranme los pesares Anónimo
24 Soledad tenguo de ti Anónimo BEL
25 Passame por Dios barquero Pedro de Escobar CME, CMP
26 Mis ojos tristes lhorando Anónimo
27 Fijas de Jerusalem Anónimo
28 Ave verbum incarnatum Anónimo
29 Em mi gram suffrimento Anónimo
30 Ojos tristes non lhoreis Anónimo
31 Non me pregunteis a mis males Anónimo
32 Puse mis amores Anónimo
33 Por mi mal me lo tornastes Anónimo
34 Si tantos monteros Anónimo
35 Acabarseam mis plazeres Anónimo
36 Parto tryste saludoso Anónimo
37 O tempo bom tudo cura Anónimo
38 Incipit oracio Ieremie Anónimo
39 (incompleto) Anónimo
40 Parce michi domine Anónimo
41 Ordo ad inumandum fratrem mortuum Anónimo
42 Sancta Maria, succurre miseris Anónimo
43 Benedicamus Domino Anónimo
44 Benedicamus Domino Anónimo
45 Benedicamus Domino Anónimo
46 Benedicamus Domino Anónimo

Concordâncias com outros manuscritos:

Ligações externas

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