Capri c'est fini é uma canção francesa, composta e cantada por Hervé Vilard. Esta canção obteve um grande sucesso na França a partir de seu lançamento em junho de 1965 e lançou a carreira do jovem cantor com então 19 anos de idade. Vilard registrou a canção em sete línguas e vendeu 2,5 milhões de exemplares [1].

A letra descreve uma ruptura amorosa. O título da canção, que se identifica com seu refrão, utiliza a ilha italiana de Capri, onde o relacionamento se haveria formado e perdurado, para representar o casal que se separa, de acordo com o princípio sociológico da sinédoque[2][3].

Inspiração editar

Hervé Vilard, que acabava de assinar seu primeiro contrato com a Mercury Records, não teve êxito em cantar as canções em inglês regravadas no catálogo daquele estúdio. A ideia do título lhe veio por acaso, ao ver um anúncio turístico no Metrô de Paris, chamando a atenção para aquela ilha, o fazendo pensar na canção C'est fini, que Charles Aznavour lançara no mesmo ano e que Villard cantarolava frequentemente. Naquela música, também havia uma repetição da frase C' est fini ("acabou")[4]. Seu videoclipe foi um dos que foram difundidos através do scopitone.

Regravações e versões editar

Esta canção foi objeto das seguintes regravações e adaptações:

Paródias e repercussões editar

Sim, um dia isto acontecerá. Uma dia lhe virá o remorso abominável do que você qualifica de inviável, referindo-se ao que foi por nós tentado naquele outono chuvoso de 1980. Às vezes era na beira do mar. Quando a praia ficava vazia, ao cair da noite. Após a partida das crianças em colônia de férias. Entre tudo que se ouve da areia, sobressai que Capri acabou. Que ESSA ERA A CIDADE DE NOSSO PRIMEIRO AMOR, mas que hoje já acabou. É terrível, de repente terrível. Cada vez a chorar, a fugir, a morrer porque Capri voltou à terra, contra o esquecimento do amor[8].
  • Em 2010, paródia de Stephane Guillon quando do lançamento de Salve, terrestres: "Capri, é gratuito. E dizer que a passagem custa três mil euros ... ", referindo-se à viagem de núpcias de Eric Besson que teria sido paga pelos assinantes.

Referências

  1. (em francês) Brunschwig, Chantal; Calvet, Louis-Jean; Klein, Jean-Claude (1972). Seuil, ed. 100 ans de chanson française. Paris: Éditions du Seuil. p. 358. 384 páginas 
  2. Caditot, Pierre, La métaphore, ou l'entrelacs des motifs et des thèmes, páginas 41 a 58, em Figure du discours et abmigüité, ISSN=0761-2990
  3. (em francês) Gary-Prieur, Marie-Noëlle (1994). Grammaire du nom propre (na coleção Linguistique nouvelle). Paris: Presses universitaires de France. p. 187. 252 páginas. ISBN 2-13-046130-1 
  4. (em francês) Entrevista com Hervé Vilard no documentário Graffiti 60 realizada por Gérard Jourd'hui e Anna Ruiz
  5. «Vince Hill - So Nice (LP)» (em inglês)  em Discogs
  6. «Five Years of Best-Selling Songs». Billboard magazine (em inglês). 82 (22): 44. 30 de maio de 1970 
  7. (em francês) Vilard, Hervé (2005). L'Âme seule. Paris: Fayard. 384 páginas. ISBN 2-213-62500-X , citado em David Gaillardon, « Le dernier romantique », La Semaine de l'Allier, 4 février 2008.
  8. (em francês) Duras, Marguerite (1992). Yann Andréa Steiner. Paris: P.O.L. p. 66-77. 137 páginas. ISBN 2-86744-244-3 , citada por exemplo em Cousseau, Anne (1999). Poétique de l'enfance chez Marguerite Duras (na coleção Histoire des idées et critique littéraire). Genève: Librairie Droz. p. 82–83. 462 páginas. ISBN 2-600-00327-4 .

Ligações externas editar

Ver também editar

Nota editar