Carimala

esposa do faraó Siamom

Carimala, também conhecida como Catimala ou Cadimalo, foi uma rainha núbia (da região entre o sul do Egito e norte do Sudão). Ela é conhecida por um relevo encontrado no templo em Semna, na Núbia.

Biografia editar

Carimala tinha o título de Grande Esposa Real e princesa. No relevo em Semna, a rainha é mostrada com coroa de penas duplas, flagelo e manto comprido. Ísis está em frente à rainha, e aqui está uma inscrição mais longa, escrita em hieróglifos egípcios, que são difíceis de ler.[1] O texto parece aludir a um conflito entre Macaraxa e um rei anônimo que era marido de Carimala.[2]

Embora a data precisa da inscrição e, portanto, de Carimala não seja certa, pode-se presumir que ela data da Vigésima primeira ou Vigésima segunda dinastia. Este período (cerca de 1000–750 a.C.) é considerado a idade das trevas da história da Núbia, da qual quase nada se sabe. Esta inscrição prova a continuação de certas estruturas de poder.[1]

Em 1999, Chris Bennett argumentou que Carimala era filha de Osocor, o Velho (r. 992–986 a.C.).[3] Ela é chamada de "Filha do Rei" e "Esposa do Rei" e seu nome sugere que ela pode ter sido líbia. Dada a data da inscrição (um ano 14), ela pode ter sido a esposa do faraó Siamom (r. 986–967 a.C.) ou do faraó Psusenés II (r. 967–943 a.C.). Bennett prefere um casamento com Siamom, porque nesse caso, ela poderia ter assumido a posição do vice-rei de Cuxe, Nescons, como uma figura religiosa na Núbia após a morte deste último no ano 5 do rei Siamom.

Referências

  1. a b John Coleman Darnell: The Inscription of Queen Katimala at Semna: Textual evidence for the origins of the Napatan State. New Haven, 2006, ISBN 0-9740025-3-4
  2. Robert Morkot, The A to Z of Ancient Egyptian Warfare, Rowman & Littlefield, 2010
  3. Chris Bennett, "Queen Karimala, Daughter of Osochor?" Göttinger Miszellen 173 (1999), pp. 7-8

Bibliografia editar

  • László Török, Between Two Worlds: The Frontier Region between Ancient Nubia and Egypt 3700 BC – AD 500. Brill, Leiden–Boston 2009, pp. 294–298.