Casa da Dona Carlotinha

patrimônio cultural e histórico do Piauí
Casa da Dona Carlotinha
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
bem tombado pela FUNDAC-PI (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa

A Casa da Dona Carlotinha é uma construção de estilo eclético, em Teresina, Piauí, situada à Praça João Luis Ferreira.[1] É um bem tombado pelo município.[2]

História editar

A casa foi residência do Dr. Anísio Britto de Mello, literato, historiador, diretor da Biblioteca Estadual do Piauí , Arquivo Público, Museu do Piauí, Escola Normal e do Liceu Piauiense. Carlota de Moraes Britto Mello, conhecida como Dona Carlotinha, era sua esposa. Na década de 1930, chegou a ser ocupada para fins comerciais.[3]

Sede da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, em 2020 o imóvel foi reformado para abrigar temporariamente o acervo da Casa da Cultura de Teresina, que está em reforma obedecendo o caráter histórico do prédio.[4][5]

Arquitetura editar

 
Interior.

A Casa da Dona Carlotinha possui planta em formato retangular, trezentos metros quadrados de área construída, coberta por um telhado de quatro águas, apresenta uma platibanda em sua varanda e o telhado é composto de telhas cerâmicas. Possui duas varandas, uma em cada lateral da casa, uma característica remanescente das casas de fazenda do período colonial. Mantém um recuo nas fachadas laterais, sendo a entrada por uma desta fachada. Sua fachada principal está diretamente em contato com a via pública, possui aberturas em vergas retas e arco pleno, que servem tanto para iluminação como para ventilação.[6][3][7]

Para as pinturas nas paredes foi utilizada tinta à base de água e o piso da construção é constituído de ladrilho hidráulico, estilo mosaico, com decorações florais. A distribuição dos cômodos na casa é similar aos padrões da época, com as salas, escritórios na parte da frente e cozinha, áreas de serviço na parte do fundo da casa. Possui uma sala grande, outras duas menores, além de um escritório e três quartos. A casa também foi erguida em um nível mais alto que a rua, dando assim aos moradores um distanciamento de quem passa pela rua.[6]

Sua fachada de esquina é chanfrada, que chegou a ser uma determinação da época (em torno de 1912) devido à maior utilização dos automóveis, já que as esquinas chanfradas eram consideradas uma forma do motorista ter melhor visibilidade das ruas.[3]

Referências

  1. «Teresina - Casa da Dona Carlotinha -ipatrimônio». Consultado em 26 de abril de 2021 
  2. Pereira, Sofia Laurentino Barbosa & Nogueira, Samuel Soares Campos. "Cidade e Identidade: uma análise do projeto de revitalização do centro de Teresina". In: Revista Equador, 2013; 2 (2): 84-99
  3. a b c Moreira, Amanda Cavalcante (2016). «Teresina e as moradias da região central da cidade (1852 - 1952)» (PDF). USP - Universidade de São Paulo. Consultado em 3 de maio de 2021 
  4. «Decreto vai permitir abertura de postos de combustíveis e supermercados aos sábados». piauihoje.com. Consultado em 3 de maio de 2021 
  5. Rodrigues, Bárbara (24 de agosto de 2020). «Firmino Filho visita obra da nova sede da Fundação Monsenhor Chaves». GP1 - Primeiro Grande Portal de Notícias do Piauí. Consultado em 3 de maio de 2021 
  6. a b Piauí, Coordenação de Patrimônio Cultural do (23 de janeiro de 2017). «Casarões e suas histórias». PATRIMÔNIO CULTURAL DO PIAUÍ. Consultado em 26 de abril de 2021 
  7. «FUNDAÇÃO CULTURAL DO PIAUÍ COORDENAÇÃO DE REGISTRO E CONSERVAÇÃO BENS TOMBADOS E REGISTRADOS DO PIAUÍ - PDF Download grátis». docplayer.com.br. Consultado em 3 de maio de 2021