Catepsina

são proteases (enzimas que degradam proteínas) encontradas em todos os animais, bem como em outros organismos

As catepsinas são uma família de proteases de cisteína que podem ser encontradas em muitos tipos de células. Sintetizadas a partir de pre-pro-catepsinas, são ativadas sob o pH ácido dos lisossomos e representam a maioria das proteases presentes nesta organela. São distribuídas de maneira desigual entre os diversos tecidos, caracterizando-os.

Cathepsin K

Introdução

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As catepsinas são uma família de proteases que podem ser encontradas em muitos tipos de células. Foram registrados aproximadamente 12 membros dessa família, os quais se distinguem com relação à estrutura e ao substrato. São ativas sob o pH ácido dos lisossomos (~5), o que torna sua atividade compreendida quase que inteiramente no interior dessa organela. As catepsinas L, B, D e H representam a maior parte das proteases lisossomais e são elas que determinam primariamente a capacidade proteolítica dos lisossomos.

Síntese e direcionamento para os lisossomos

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A síntese de catepsinas é realizada a partir de pre-pro-enzimas. O pre-peptídeo guia o precursor de catepsina dentro do lúmen do retículo endoplasmático rugoso e é hidrolisado durante a tradução. Já o pro-peptídeo permite um enovelamento (folding) apropriado da catepsina nascente que inibe sua atividade proteolítica, mas preserva sua estrutura terciária sob condições de pH neutro. Além disso, pro-catepsinas são co-traduzidas glicosiladas. O processo de direcionamento de pro-catepsinas para os endossomos/lisossomos se dá através da ligação daquelas com resíduos de manose-6-fosfato (M6PR) na subunidade trans-Golgi, os quais serão translocados para os endossomos maduros (late endosomes), onde o pH - já então ácido (~6) - dissociará as pro-catepsinas dos M6PR. O processo proteolítico de conversão de pro-catepsina à protease ativa ocorre nos endossomos maduros ou nos lisossomos. A diminuição do pH devido às bombas de H+ (próton) presentes nas membranas das organelas enfraquecem as interações entre o pro-peptídeo e então o sítio ativo é clivado e exposto.

Proteases lisossomais e tipos de catepsinas

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A hidrólise de proteínas nos lisossomos é realizada por um conjunto de endopeptidases e exopeptidases. As primeiras clivam as ligações peptídicas internas à proteína, ao passo que as segundas hidrolisam as extremidades C- ou N-terminal. Duas classes de endopeptidases são encontradas nos lisossomos: aspártico e cisteíno proteases. Estas são ativas no meio ácido e rico em cisteína da organela, mas outras (catepsinas S, K e B) são ativas em pH neutro. A maioria das cisteíno proteases lisossomais são somente endopeptidases (catepsina, F, K, L, S, V e legumaína), mas a catepsina B é também uma carboxipeptidase e a catepsina H, uma aminopeptidase. A catepsina D é o maior representante de aspártico endopeptidases identificada nos lisossomos, é ativa somente em pH < 6 e não requer um ambiente redutor. Catepsinas B, L, H e D funcionam como a ubiquitina. As demais apresentam distribuição variada e específica para cada tecido. Conforme a atividade das endopeptidases procede, novos resíduos de C- e N-terinal são formados e servem de substrato para as exopeptidases. As principais carboxipeptidases lisossomais incluem a catepsina H, a catepsina C e a tripeptidil peptidase I, que removem, respectivamente, um, dois e três aminoácidos do N-terminal. A quantidade de endopeptidases é de, ao menos 10 vezes a quantidade de exopeptidases e acredita-se que sejam aquelas que iniciam a proteólise lisossomal.

Localização das catepsinas nos diferentes tecidos

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As catepsinas B, H, L e D revelam uma distribuição específica nos diversos tecidos. Altos níveis são encontrados em tecidos os quais apresentam alta taxa de protein turnover (renovação do material protéico, reciclagem protéica), como é o caso dos rins, fígado e placenta, enquanto baixos níveis são observados onde esta taxa é baixa, como no músculo esquelético.

Referências

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Artigos

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  • Daniel Bechet , Amina Tassa , Daniel Taillandier, Lydie Combaret, Didier Attaix "Lysosomal proteolysis in skeletal muscle". The International Journal of Biochemistry & Cell Biology 37 (2005) 2098–2114.

Ver também

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