Cecília Paulina
Diva Cecília Paulina Pia (em latim: Diva Caecilia Paulina Pia), também chamada Diva Paulina, foi uma imperatriz-consorte romana, esposa do imperador Maximino Trácio.
Cecília Paulina | |
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Imperatriz-consorte romana | |
Denário de Diva Paulina. | |
Reinado | 20 de março de 235-235/236 |
Consorte | Maximino Trácio |
Antecessor(a) | Salústia Orbiana |
Sucessor(a) | Tranquilina |
Morte | 235 ou 236 |
Nome completo | Diva Caecilia Paulina Pia |
Filho(s) | Caio Júlio Vero Máximo |
Name
editarO nome completo de Cecília foi preservado numa inscrição (CIL X, 5054)[1]. Em suas moedas, ela aparece geralmente apenas como "Diva Paulina". As suas moedas não foram cunhadas durante a sua vida e sim um pouco depois, provavelmente depois que ela foi deificada. Nenhuma escultura dela sobreviveu[2].
História
editarQuase nada se sabe sobre a vida de Cecília, pois os autores antigos quase nunca a citam pelo nome. Seu marido jamais esteve em Roma[3] e é provável que ela também não, pelo menos no período em que esteve casada com ele. Ela viveu numa época de intensos distúrbios e de um quase colapso do Império Romano causado por três crises simultâneas: invasões externas, guerras civis e colapso econômico. O escrito do século IV Amiano Marcelino escreveu sobre Paulina em seu livro sobre os imperadores da linhagem de Gordiano, mas esta parte da obra se perdeu e apenas as seções de sua "História" que cobrem o período entre 353-378 chegaram até nossos dias. Numa passagem final, porém, Marcelino faz à referência à imperatriz coo sendo uma boa esposa de um marido difícil que:
“ | "...o trouxe de volta para o caminho da verdade e da misericórdia através de sua gentileza feminina, como, ao recontar os atos dos Gordiani, nós relatamos ter sido feito pela esposa do truculento imperador Maximino" | ” |
— Amiano Marcelino, História[4].
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Paulina teve um filho, Caio Júlio Vero Máximo, nomeado césar em 236 por seu pai. Contudo, ambos terminaram assassinados pelos seus soldados em maio de 238[3]. Paulina morreu provavelmente no final de 235 ou início de 236, uma vez que Maximino a deificou no início deste ano[3].
A cidade de Anazarbo, na Cilícia, cunhou moedas em nome de "Thea Paulina" (o equivalente em grego de "Diva Paulina") e as datou no ano de 254 da era da cidade, o que se converte a 235-236 no calendário moderno. Como Paulina aparece como "divina" nas moedas, ela já estava morta quando elas foram cunhadas[5].
João Zonaras alega que Maximino teria executado a esposa, mas esta acusação não foi comprovada e é improvável, uma vez que ela foi deificada por ele.
Ver também
editarTítulos reais | ||
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Precedido por: Salústia Orbiana |
Imperatriz-consorte romana c. 235 |
Sucedido por: Tranquilina |
Referências
- ↑ An Epigraphik-Datenbank Clauss/Slaby EDCS, Latin Inscription Database. A busca por 'Caecilia Paulina' também retorna outros resultados: CIL VI, 25148 e CIL VIII, 02038. Acessado em 23/07/2013.
- ↑ Knippschild, Silke, Center for Hellenic Studies, review of Eric R. Varner, Mutilation and Transformation, Damnatio Memoriae and Roman Imperial Portraiture, Leiden: Brill, 2004, pp. 340, ISBN 90-04-13577-4, Bryn Mawr Classical Review, 10/04/2005. Acessado em 23/07/2013.
- ↑ a b c Meckler, Michael. «Maximino Trácio (235-238 A.D.)» (em inglês). Roman Emperors. Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ Amiano Marcelino (1862). História Romana (em inglês). 14. Londres: Bohn. pp. 1–45. Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ «Moedas provinciais romanas e Cronologia imperial de Elagábalo até Valeriano» (em inglês). ANS Magazine. Consultado em 23 de julho de 2013
Bibliografia
editar- Pauly-Wissowa, Realencyclopädie der Classischen Altertumswissenschaft, III. p. 1236.