Templo de Changu Narayan

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O templo de Changu Narayan é um templo hindu situado no cume de uma colina, também conhecida como Changu ou Dolagiri. O templo está rodeado por uma floresta de champacas e pela pequena aldeia de Changu, sede do village development committee (município rural) de Changunarayan, no Nepal, no distrito de Bhaktapur. Situa-se 20 km a leste de Kathmandu e 7 km a norte de Bhaktapur (distâncias por estrada).

Changu Narayan
Templo de Changu Narayan
Informações gerais
Tipo Templo hindu
Início da construção século III d.C. (?)
Religião Hinduísmo
Área 35,92 hectare
Património Mundial
Ano 1979
Referência 121 en fr es
Geografia
País Nepal
Cidade Catmandu
Coordenadas 27° 42′ 59″ N, 85° 25′ 40″ L
Changu Narayan está localizado em: Nepal
Changu Narayan
Localização de no Nepal

O rio Manahara corre ao lado da colina do templo, o qual é um santuário dedicado ao deus hindu Vixnu e é especialmente reverenciado pelos hindus. É considerado o templo mais antigo do Nepal. Está classificado como Património Mundial pela UNESCO, integrando o sítio "Vale de Catmandu".

História

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O templo em forma de pagode tem várias obras primas da arte nepalesa dos séculos V e XII, sendo uma das estruturas mais ricas do Nepal em termos históricos e artísticos. Segundo as lendas, existe desde 325 d.C., o reinado do rei Licchavi Hari Datta Verma.

Ali se encontra um pilar de pedra com uma inscrição de grande importância histórica, pois trata-se da primeira evidência epigráfica da história do Nepal, que relata os feitos militares do rei Mandeva, que reinou entre 496 e 524 d.C.. A inscrição prova que Changu já era um local sagrado no século III. O templo foi restaurado durante a vida de Ganga Rani, consorte de Siva Simha Malla, o rei Malla que reinou em Catmandu entre 1585 e 1614. Há registos do templo ter ardido no ano 822 do Nepal Samvat (calendário nepalês; 1702 do calendário gregoriano), tendo sido reconstruído depois. Em 1708, o rei Bhaskara Malla adicionou mais placas cobertas de cobre com inscrições em 1708.

Em tempos remotos, um gwala, criador de vacas, comprou uma vaca a um brâmane chamado Sudarshan. A vaca era conhecida por produzir grandes quantidades de leite. O gwala costumava levar a vaca a pastar em Changu, que nesse tempo era uma floresta de champacas. A vaca ia sempre pastar para a sombra de uma determinada árvore. à note, quando o gwala levava a vaca para casa de a ordenhava, obtinha sempre muito pouco leite. Esta situação repetiu-se durante vários dias.

 
Traves esculpidas

O gwala ficou muito triste e decidiu chamar o brâmane e disse-lhe que a vaca não estava a dar leite suficiente. Depois de observar o que sucedia com os seu próprios olhos, o brâmane combinou com o gwala inspecionar as atividades da vaca durante o dia, enquanto ela pastava na floresta. O gwala e o brâmane esconderam-se atrás das árvores e assistiram às atividades da vaca. Esta foi para a sobra de uma certa champaca e, para surpresa dos dois observadores, um pequeno rapaz negro saiu da árvore e começou a beber o leite da vaca. O gwala e o brâmane ficaram furiosos e pensaram que o rapaz devia ser o demónio e que a árvore era a sua casa, pelo que cortaram a champaca. Quando estava, a derrubar a árvore, desta saiu sangue humano fresco. Os dois homens ficaram preocupados, pensaram que tinham cometido um grande crime e começaram a chorar. Da árvore saiu o Senhor Vixnu, que disse ao brâmane que não era culpa deles. Vixnu contou-lhes que tinha cometido um crime hediondo ao matar sem o saber o pai de Sudarshan enquanto caçava na floresta. Depois disso tinha sido amaldiçoado pelo crime. Vagueou depois pela terra e a sua montada Garuda acabou por descer na colina de Changu. Ali viveu no anonimato, sobrevivendo com leite roubado de uma vaca. Quando o brâmane cortou a árvore, Vixnu foi decapitado, o que o libertou dos seus pecados.

Depois de ouvir essas palavras de Vixnu, o brâmane e o gwala começaram a venerar o local e construíram um pequeno templo dedicado ao Senhor Vixnu. Desde esse dia que o local tem sido mantido sagrado. Até hoje encontramos os descendentes do brâmane Sudarshan como sacerdotes do templo e os descendentes do gwala como ghutiyars (conservadores).

Notas e referências

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  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Changu Narayan».
 
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  O Templo de Changu Narayan está incluído no sítio "Vale de Catmandu", Património Mundial da UNESCO.  
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