Cobra Matata

líder do grupo armado congolês

Cobra Matata (também conhecido como Banaloki Matata,[1][2] Justin Banaloki,[3][4] Justin Wanaloki,[5] Justin Matata Wanaloki,[6] e Matata Wanaloki[7])[nb 1] é um ex-líder da Frente de Resistência Patriótica em Ituri (FRPI)[8] e da Frente Popular pela Justiça no Congo (FPJC)[9], milícias ativas no conflito de Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo. Anteriormente, foi membro das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), tendo-se integrado em 2007 antes de desertar para reconstituir um grupo rebelde em 2010.[1][8][10] Em Novembro de 2006, Matata concordou em desarmar-se em troca de anistia.[11] Nas FARDC, Matata alcançou o posto de coronel[6][12] ou general.[5][7] O Tribunal Penal Internacional classificou Matata como Ngiti.[13]

Cobra Matata
Ocupação político
Lealdade Força de Resistência Patriótica de Ituri, Armed Forces of the Democratic Republic of the Congo

Matata foi acusado de liderar o massacre no Hospital Nyakunde em 2002, que resultou na morte de pelo menos 1.200 civis, e no subsequente massacre de Bogoro.[6][14] Matata sucedeu a Germain Katanga como líder da FRPI depois de Katanga ter sido integrado nas FARDC em 2004.[12] Matata rendeu-se ao governo congolês em 21 de novembro de 2014 e foi preso em 2 de janeiro de 2015, em Bunia, cidade de Ituri, por crimes contra a humanidade, crimes de guerra e uso de crianças-soldados.[2][15] Matata também foi acusado de formar um grupo rebelde, deserção e tentativa de escapar da detenção.[3][4] Antes de sua rendição, Matata comandou cerca de 1.000 combatentes em Ituri.[7][16] As FARDC alegaram falsamente em 2011 que tinham matado Matata.[17]

  1. “Cobra Matata” é um pseudônimo usado regularmente.[1][3][5][7] Conforme indicado por estes nomes alternativos, as fontes conflitam quanto ao nome verdadeiro de Matata.

Referências

  1. a b c «The Congo's Feared 'Cobra' Warlord Plans to Surrender — Again». Vice News. 12 de novembro de 2014 
  2. a b «RDC : Cobra Matata bientôt face au juge» (em francês). BBC News. 4 de janeiro de 2015 
  3. a b c «Bunia: Cobra Matata transféré à Kinshasa» (em francês). Radio Okapi. 5 de janeiro de 2015 
  4. a b Report of the Secretary-General on the United Nations Organization Stabilization Mission in the Democratic Republic of the Congo (PDF) (Relatório). Conselho de Segurança das Nações Unidas. 10 de março de 2015 
  5. a b c «MONUSCO welcomes the surrender of a high-ranking FRPI militia leader». MONUSCO. 18 de junho de 2012 
  6. a b c Informe de la Alta Comisionada de las Naciones Unidas sobre la situación de los derechos humanos y las actividades de su Oficina en la República Democrática del Congo (PDF) (Relatório) (em inglês). Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. 2 de abril de 2009 
  7. a b c d «Last Ituri warlord signs peace deal in DR Congo». Agence France Presse. 29 de novembro de 2006 
  8. a b «Who's who among armed groups in the east». IRIN. 15 de junho de 2010 
  9. Congo: The Electoral Process Seen from the East (PDF) (Relatório). International Crisis Group. 5 de setembro de 2011. Cópia arquivada (PDF) em 20 de maio de 2016 
  10. Report of the Secretary-General on the United Nations Organization Stabilization Mission in the Democratic Republic of the Congo (PDF) (Relatório). Conselho de Segurança das Nações Unidas. 8 de outubro de 2010 
  11. 2006 Country Reports on Human Rights Practices (Relatório). United States Department of State. 6 de março de 2007 
  12. a b Public: Annex 5 (PDF) (Relatório). Tribunal Penal Internacional. 2 de setembro de 2015 
  13. Situation in the Democratic Republic of the Congo (PDF) (Relatório). Tribunal Penal Internacional. 8 de abril de 2013 
  14. Situation in the Democratic Republic of the Congo (No. ICC-01/04-01/07) (PDF) (Relatório). Tribunal Penal Internacional. 24 de maio de 2013 
  15. «Democratic Republic of Congo: Events of 2015». Human Rights Watch. 2015 
  16. «RDC : Cobra Matata se serait rendu aux FARDC, selon Mende» (em francês). Radio Okapi. 11 de novembro de 2014 
  17. «DRC: Contradictions over the death of rebel leader based in Ituri». Great Lakes Voice. 5 de outubro de 2011. Cópia arquivada em 23 de agosto de 2016