Codorna-amarela[2] (nome científico: Nothura maculosa) é uma espécie de ave pertencente à família dos tinamídeos. Na natureza, ocorre no Brasil, Paraguai, Uruguai e leste e norte da Argentina. Ao longo dessas áreas de ocorrência, existem diversas subespécies.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCodorna-amarela
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Tinamiformes
Família: Tinamidae
Gênero: Nothura
Espécie: N. maculosa
Nome binomial
Nothura maculosa
(Temminck, 1815)

Também é conhecida popularmente como codorna, codorna-comum, codorniz, inhambuí, espanta-boiada, perdiz e perdizinho.[4]

Taxonomia editar

Coenraad Jacob Temminck descreveu pela primeira vez a codorna-amarela a partir de um espécime coletado no Paraguai, em 1815.[5] Seu nome popular em língua inglesa é "Spotted nothura".[3]

Subespécies editar

Há atualmente 9 subespécies reconhecidas de codorna-amarela.[6]

  • N. m. maculosa
  • N. m. major
  • N. m. nigroguttata
  • N. m. cearensis - ocorre no nordeste do Brasil; no sul do estado do Ceará.[6]
  • N. m. paludivaga - ocorre na região central do Paraguai e centro-norte da Argentina.[6]
  • N. m. annectens
  • N. m. submontana
  • N. m. pallida
  • N. m. chacoensis

Descrição editar

A ave mede 25,5 cm e pesa 250 g. A fêmea é ligeiramente maior que o macho. Tem uma aparência variável, com as as partes superiores às vezes muito escuras.[5]

Ecologia e comportamento editar

 
Uma ninhada de avos de codorna-amarela.

A vocalização da espécie é uma série de notas breves e agudas, geralmente emitidas em resposta ao chamado de outras aves. As populações podem ser muito densas em uma região favorável, com até um indivíduo por hectare.[5]

Dieta editar

A dieta da codorna-amarela é composta de alimentos de origem vegetal e animal. Na Argentina, predomina o consumo de insetos em relação a plantas, mas em outros lugares se alimentam principalmente de sementes, incluindo as de pastagens, culturas agrícolas e ervas daninhas.[5]

Reprodução editar

A espécie tem uma elevada taxa de reprodução; as fêmeas amadurecem sexualmente aos dois meses de idade e são capazes de gerar de 5 a 6 filhotes em um ano. Os machos levam mais tempo para amadurecer, ou pelo menos para construir ninhos. A exemplo do que acontece com outros tinamídeos, os machos de codorna-amarela são os responsáveis pela incubação e cuidado com os filhotes, atraindo muitas vezes mais de uma fêmea para pôr num mesmo ninho.[5]

Relação com humanos editar

É uma ave de caça muito popular em sua área de ocorrência.[5]

Referências

  1. BirdLife International (2012). «Nothura maculosa». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  3. a b Piacentini, VQ; et al. (2015). «Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos» (pdf). Revista Brasileira de Ornitologia (em inglês). 23 (2): 91-298. doi:10.1007/bf03544294 
  4. Euler, 1900
  5. a b c d e f Davies, S.J.J.F. (2003). «Tinamous». In: Hutchins, Michael. Grzimek's Animal Life Encyclopedia. 8 Birds I Tinamous and Ratites to Hoatzins 2nd ed. Farmington Hills, MI: Gale Group. pp. 57–59, 65–66. ISBN 0-7876-5784-0 
  6. a b c Clements, James (2007). The Clements Checklist of the Birds of the World 6th ed. Ithaca, NY: Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-4501-9 
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