Coendou prehensilis

O ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis), ou cuandu, é o nome vulgar de um roedor brasileiro arborícola, notívago e herbívoro, sendo uma espécie endêmica do Brasil, encontrada somente na região nordeste, mais especificamente nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas[2][1].Também conhecido como porco-espinho,[3] cuandu e cuim.[4] Em Portugal, é conhecido como porco-espinho-brasileiro ou, simplesmente, porco-espinho, já que o nome ouriço-cacheiro é reservado para o Erinaceus europeus, que pertence a um ouriço da família Erinaceidae.

Coendou prehensilis
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Erethizontidae
Gênero: Coendou
Espécies:
C. prehensilis
Nome binomial
Coendou prehensilis
(Linnaeus, 1758)
Sinónimos
  • Hystrix prehensilis Linnaeus, 1758
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Etimologia editar

"Cuandu" procede do tupi antigo kûandu.[4]

Nomes vernáculos editar

Descrição editar

 
Esqueleto

O ouriço-cacheiro é um mamífero de 30 a 60 centímetros de comprimento e de 2 a 4 quilogramas de peso máximo, seu corpo é coberto por espinhos curtos e pontiagudos em cor esbranquiçada ou amarelada, misturada com o pelo mais escuro. Esse animal tem hábitos arborícolas, segurando-se com sua cauda preênsil, e transita com frequência pelas bordas das matas de galeria, onde pode entrar em contato com animais domésticos e pessoas.

São animais noturnos e crepusculares. À noite, saem para procurar alimento, principalmente frutos (Eisenberg e Redford, 1999), com diversas adaptações fisiológicas e metabólicas para a herbivoria. Vivem solitários ou em pares, produzindo um único filhote por ninhada. São animais que têm vida reprodutiva de até 12 anos. O ouriço-cacheiro recém-nascido é coberto com cabelos vermelhos e espinhos pequenos, que se endurecem pouco depois do nascimento.

Bibliografia editar

  • WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 1538-1600.

Referências

  1. a b «Coendou prehensilis». Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade - SALVE. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  2. Voss, Robert S.; Silva, Maria N. F. Da (outubro de 2001). «Revisionary Notes on Neotropical Porcupines (Rodentia: Erethizontidae). 2. A Review of the Coendou vestitus Group with Descriptions of Two New Species from Amazonia». American Museum Novitates (3351): 1–36. ISSN 0003-0082. doi:10.1206/0003-0082(2001)351<0001:RNONPR>2.0.CO;2. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  3. «Dicionário Aulete» 
  4. a b NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 235.
  5. Manso, Laura Vicuña Pereira. 2013. Dicionário da língua Kwazá. Dissertação de mestrado. Guajará-Mirim: Universidade Federal de Rondônia. (PDF).
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